VIOLÊNCIA ORGANIZADA NO FUTEBOL
O SIS acompanha também o fenómeno da violência organizada no futebol, a qual apresenta riscos consideráveis para a ordem pública e a segurança interna.
Nos últimos anos, grupos de adeptos que encaram a violência como uma componente normal dos desafios de futebol, têm protagonizado repetidamente agressões e confrontos graves no interior e no exterior dos estádios assim como a vandalização sistemática de espaços públicos e privados.
A existência de núcleos de adeptos violentos do futebol é agravada pela sua ligação a grupos extremistas neo-nazis, como os Skinhead. Esta situação tem sérias implicações securitárias, em cuja prevenção o SIS tem naturalmente um papel a desempenhar.
HOOLIGANISMO
Historial
Os jogos de futebol estão relacionados com a violência desde o século XIII, em Inglaterra. Na idade média, os jogos constituíam verdadeiros rituais e uma forma de aldeias inteiras participarem numa disputa por terrenos ou outros benefícios, ou de resolverem questões com outras aldeias ou entre famílias.
Mais tarde, na transição do século XIX para o século XX, o jogo tinha-se tornado um passatempo de nobres e de elites sociais, até ser “reivindicado” pelas classes trabalhadoras e transformado num desporto realmente “popular”.
Foi na década de sessenta e em Inglaterra que a actual forma de violência desportiva conhecida como “hooliganismo” teve a sua origem, tendo sido exportada para o resto da Europa ao longo da década de setenta.
O Fenómeno
O hooliganismo pode ser considerado especificamente como um problema de violência desportiva, mas também pode ser perspectivado numa vertente mais vasta, de delinquência juvenil e do surgimento de sub-culturas marginais.
Embora o fenómeno assuma diferentes vertentes nos diversos países em que tem mais expressão, há algumas semelhanças no que diz respeito aos estágios de desenvolvimento do problema. Na maior parte dos casos, há um estágio inicial de violência esporádica dirigida contra os árbitros e jogadores, só mais tarde surgindo a violência entre grupos de adeptos diferentes, ou entre estes e a polícia, dentro dos estádios. O último grau de violência a surgir é o que transborda para fora dos estádios, sendo frequentemente acompanhado não só da violência entre grupos rivais e as forças de segurança, mas também de actos de vandalismo.
Na maior parte dos países, a violência surge sobretudo entre clubes e não tanto com a selecção nacional e o vandalismo surge sobretudo da parte dos grupos que estão de “visita” e não dos que estão “em casa”.
O SIS está preocupado com o futebol. Tem razões para isso.
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