"Não tenho dúvidas de que vou chegar ao topo"
No relvado, era o "geómetra", o médio-defensivo que pensava o jogo das suas equipas, tentando ler nos colegas o ritmo adequado, os espaços que deviam ser preenchidos. Fez uma carreira de distinção no futebol europeu, passando por grandes clubes e ganhando títulos. Ainda é o único português que conseguiu ser campeão europeu dois anos consecutivos por equipas diferentes (Juventus e B. Dortmund). Era um dos pilares da designada "geração de ouro" do futebol português, a par de Fernando Couto, Rui Costa e Figo. Terminou cedo a carreira: tinha 31 anos. Sempre lhe colocaram no horizonte a possibilidade de ser um bom treinador por conseguir ser um bom leitor de sinais. E é isso que tenta agora, depois de uma curta experiência na selecção sub-16 e de uma rápida primeira experiência num clube inglês - a aventura no Queens Park Rangers durou seis meses, mas, garante, serviu-lhe para aprender muito. Diz que quer criar uma marca de qualidade nas suas equipas e que não tem dúvidas de que vai chegar ao mesmo nível que habitou enquanto jogador: ao topo. Mas quer caminhar passo a passo. O Swansea é muito isso: um clube que lhe entrega a gestão e a orientação da equipa na II Liga inglesa, mas com ambição de crescer. Ou seja, proporciona-lhe pensar e executar, algo que se assemelha ao que fazia em campo quando ocupava uma posição fulcral, a de "trinco".
por António Pedro Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário