Movimentação de treinadores é habitual neste momento da época. Desilusões dos que não atingiram os objectivos, ambições dos que esperam atingi-los, surpresa para os que sem o desejar e esperar, são colocados na ribalta e angústia para os que aguardam o tocar do telefone com uma nova proposta. Sentimentos diferentes, mas que são no fundo a realidade de uma profissão difícil e na qual poucos, muito poucos, atingem plano de grande destaque. Começo por falar de Van Basten, extraordinário jogador, mas treinador sem grande êxito. Foi despedido do Ajax e por aquilo que dele conheci, no Mundial 06, no célebre Portugal/Holanda, e em diversas reuniões internacionais, tem uma atitude e um carácter que lhe causarão sérios problemas. Não lhe auguro grande êxito. Manuel José, pela carreira e sobretudo pelo seu passado recente, merece ter sucesso em Angola. Desejo sinceramente que obtenha o resultado que os angolanos anseiam. Rui Jorge, lançado às feras de um momento para o outro, aí está alguém que me parecer ter condições para poder atingir um lugar de maior relevo. Se conseguir articular os conhecimentos adquiridos numa carreira de jogador repleta de êxitos com a teoria vinda da sua formação de treinador e caldeando tudo isso com as qualidades humanas que o caracterizam, estou certo que rapidamente atingirá espaços de maior expressão. Finalmente Jaime Pacheco, mais uma vez não conseguiu ter sucesso, pegando num projecto elaborado por outros e sem qualquer possibilidade de êxito. Voluntarioso, acreditou ser possível alcançar um objectivo para o qual não havia suporte de qualquer espécie. Vai ter de reflectir e também, porque não, de ter um pouco mais de sorte.
Quatro exemplos, quatro histórias diferentes, quatro situações de distinto recorte mas iguais a tantas centenas de outras que no mundo do futebol, neste preciso momento, vivem com angústia ou esperança os próximos meses e a nova época que se aproxima.
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