Ainda tendo como referência o clássico de anteontem acompanhei um pouco a emissão que antecedeu o jogo. Já era para ter falado sobre este assunto e agora é o momento, dado que não compreendo, não aceito e acho uma perfeita anormalidade ver um graduado da PSP falar sobre aspectos de segurança de um jogo de futebol. Não estou a ver que antes de um Manchester United/Liverpool, ou de um Milan/Inter, ou de um Barcelona/Real Madrid, as televisões desses países entrevistem os polícias locais para falar sobre a envolvência desses jogos. Já não faltavam os dirigentes, os árbitros, e os treinadores, por vezes exaltados, e ainda temos de ouvir as palavras das polícias. Se fosse ao Ministro da Administração Interna proibia este tipo de entrevistas e de protagonismos de quem só deve estar nesta questão para garantir a segurança do evento. Protagonismos são para os jogadores.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
terça-feira, dezembro 22, 2009
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Não tendo visto a “entrevista” em questão apraz-me referir o seguinte:
ResponderEliminar- Tendo em conta a dimensão mediática que um jogo SLBenfica – FCPorto possui, o historial de violência agregado a esse mesmo jogo e o grau de rivalidade entre os adeptos de ambas as equipas;
- Competindo à PSP a tarefa de assegurar a não ocorrência de desacatos ou outro tipo de incidentes antes, durante e após o encontro;
- Considerando o elevado número de meios materiais e humanos pertencentes a esta Força de Segurança empenhados em tarefas de vigilância e acompanhamento das claques/adeptos e de manutenção e reposição da ordem pública, dentro e nas imediações do estádio;
- Estando o jogo classificado com o grau de “ELEVADO RISCO”;
- Sendo, por vezes, o sentimento de insegurança, gerado por actos de violência e de falta de civismo que têm como principais ignidores a ingestão de bebidas alcoólicas e o fanatismo clubistico, um dos motivos que leva muitos adeptos a não deslocarem-se ao estádio para apoiarem a sua equipa com receio de poderem ser alvo de agressões por adeptos da equipa rival; e,
- Cabendo à PSP a tarefa de assegurar de diversas formas, sendo que informar é uma delas, para que esse sentimento de insegurança não seja um constrangimento que inviabilize a ida de um adepto ao estádio para apoiar a sua equipa.
Parece-me, pelas razões acima referidas, ser perfeitamente admissível que um elemento da PSP, quando superiormente autorizado, responda a questões, que não sendo de carácter técnico-táctico, contribuam para informar os cidadãos.
Penso sinceramente, que tal “entrevista”, tenha sido concedida unicamente com o objectivo de informar.
Analogicamente falando, e recorrendo à chuva que a esta hora cai copiosamente, quando é provável a ocorrência de cheias numa determinada região e o elemento do Instituto de Meteorologia dá uma “entrevista” aos OCS para alertar/acalmar as populações residentes nessa região, não me parece que ele queira protagonismos, mas sim apenas informar.
Contudo, opiniões são opiniões!
Cumprimentos,
Fábio Carreto
Fábio, mai'nada.
ResponderEliminarNão te ofendas porque não acho que seja caso para tal. É a minha opinião, só isso. Continuo a achar que há demasiado protagonismo das forças da ordem sempre que se fala de eventuais problemas no futebol. Respeito e tenho imensos amigos na PSP e GNR, mas dentro da selecção, só esporádicamente, é que os seus representantes falam sobre o assunto. Mas trabalham muito e bem. Não é preciso falar e dar entrevistas para se ter uma comunicação eficiente. Há outros meios. Passa bem. Abraço.