Falo hoje novamente do meu clube e da agonia em que se encontra, num dos últimos lugares da 1ª Divisão Distrital da AF Setúbal. Custa-me ver esta situação e a dificuldade dos barreirenses em encontrarem uma saída para esta crise. Junto um belo e pequeno texto da Manuela Fonseca, sobre o clube.
"...Com os dois rapazes – que, pequenos, lhe fugiam no Manuel de Melo e iam sentar-se no mais alto degrau da bancada, a aflição de mãe minorada pelos que os resgatavam, sorridentes, os dois marotos e a caminho da banheira mal os jogos acabassem – viu ainda a ascensão à Liga de Honra, um inesquecível jogo com o simpático Louletano, no Estádio do Algarve, a anunciá-la. Talvez das últimas boas emoções. Acompanhadas pelo marido, não adepto do Barreirense mas que nele se filiaria na aventura de novos horizontes. Depressa desfeitos, a queda a pique até à 1.ª Divisão Distrital, a parte central da cidade embelezada e, paradoxo, um horrível deserto onde fora o Manuel de Melo, substituído por nada. Numa situação insustentável, uma Comissão Administrativa de gente dedicada e competente a fazer os impossíveis pela sobrevivência do Clube.
O 100.º aniversário quase a chegar (ainda haveria Barreirense em 11 de Abril de 2011?) e uma infinita tristeza pelo difícil empate conseguido em Grândola, em 20 de Dezembro de 2009. O Menino Jesus já trouxera o oitavo ano ao jornal para que escrevia o conto. Que trouxesse (sim, queria continuar a acreditar Nele) menos desigualdades e sofrimento ao Mundo, mais prosperidade ao País, quase à deriva como o Barreirense.
Que o caminho da agremiação não fosse um triste fim como o da Livraria Buchholz e de tantas organizações. E que o Menino trouxesse um recinto decente para a prática do futebol sénior. Para o Clube voltar à esperança (sim, essa, a que não podia findar, como quase referia o mais célebre poema dedicado ao Barreirense) e, pelo menos, à 2.ª Divisão.
Fechou, com pudor, a porta do escritório. E, o computador apenas por testemunha, beijou o emblema, religiosamente guardado, o da camisa desportiva do fato usado no primeiro sarau de ginástica, cinco décadas passadas. E ficou à espera do Deus Menino."
O 100.º aniversário quase a chegar (ainda haveria Barreirense em 11 de Abril de 2011?) e uma infinita tristeza pelo difícil empate conseguido em Grândola, em 20 de Dezembro de 2009. O Menino Jesus já trouxera o oitavo ano ao jornal para que escrevia o conto. Que trouxesse (sim, queria continuar a acreditar Nele) menos desigualdades e sofrimento ao Mundo, mais prosperidade ao País, quase à deriva como o Barreirense.
Que o caminho da agremiação não fosse um triste fim como o da Livraria Buchholz e de tantas organizações. E que o Menino trouxesse um recinto decente para a prática do futebol sénior. Para o Clube voltar à esperança (sim, essa, a que não podia findar, como quase referia o mais célebre poema dedicado ao Barreirense) e, pelo menos, à 2.ª Divisão.
Fechou, com pudor, a porta do escritório. E, o computador apenas por testemunha, beijou o emblema, religiosamente guardado, o da camisa desportiva do fato usado no primeiro sarau de ginástica, cinco décadas passadas. E ficou à espera do Deus Menino."
http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=270002&mostra=2
Espero sinceramente que esse clube histórico não desapareça,mas a crise está instalada de uma maneira que não há volta a dar.Infelizmente!
ResponderEliminarO MEU BARREIRENSE FEZ EM 2011,100 ANOS.
ResponderEliminarE CONTINUARA A VIVER POR MAIS 1000 ANOS.
MAS ANDAMOS DE CABEÇA LEVANTADA SEM DEVER UM TOSTÃO A NINGUEM.
ESTAMOS NA CIDADE DO BARREIRO,ONDE DESAPARECERAM AS FABRICAS,O COMERCIO,E SO DESEMPREGO,CASAS FECHADAS,DROGA,ASSALTOS,NÃO SEI ONDE ISTO VAI PARAR,E NÃO HA DINHEIRO.
NA PRIMEIRA DISTRITAL,MAS HONESTOS,HONRADOS,HUMILDES E SIMPLES.
BARREIRENSE SEMPRE ATÉ A MORTE.