domingo, novembro 22, 2009

União


Terminou em alegria e felicidade a nossa presença na fase de qualificação do Mundial 2010. É importante destacar a a mudança ocorrida após o jogo de Brasil disputado em finais de 2008. A partir daí, pouco a pouco, mesmo com alguns sobressaltos pelo meio, os caminhos da união foram sendo encontrados, tendo sido possível, com rigor, determinação e também alguma sorte - que protege quem merece - chegar ao ponto desejado e único. Em toda a qualificação, do início ao último momento, defendi este calendário, como dando garantias para a qualificação. A inacreditável derrota contra a Dinamarca e o empate aberrante com a Albânia evitaram a vitória no grupo, mas o facto de termos praticamente seguros seis pontos nos dois últimos jogos, quase que davam a certeza de que pelo menos o 2º lugar estava seguro. Assim aconteceu. O líder desta equipa é Carlos Queiroz e é justo destacá-lo como o principal obreiro desta vitória. Novos e mais díficeis desafios se aproximam, mas agora, conseguida a qualificação, tudo será possível.

1 comentário:

  1. Caro Carlos Godinho
    Devo confessar-lhe que ando há já uns dias a tentar elaborar um texto que enalteça a equipa técnica da Selecção, nomeadamente o seleccionador nacional Carlos Queiroz, pela façanha [a partir daquela altura em que quase ninguém acreditava é façanha quase de outro mundo] de nos colocar no Mundial 2010. Ainda não o fiz porque, o senhor até o deve saber, não me sinto à vontade visto que a partir de certa altura fiquei completamente desiludido com a Selecção, e por extensão com o seleccionador (evito colocar o nome de Carlos Queiroz para que não passe a ideia de que tenho algo contra a sua pessoa) não só pelos (maus) resultados, mas mui principlmente por alguns discursos com as quais não concordei, como aquele de que a Selecção estava em remodelação e etc e tal... ora, meu caro, a Selecçao Nacional Portuguesa adquiriu um estatuto que a "obriga" a estar sempre presente nas fases finais das grandes competições e como tal não podem ser dadas desculpas disto ou daquilo, apontar este ou aquele condicionamento (ainda agora jogámos sem CR) já que, considero, são dadas todas as condições à equipa.
    É verdade que aquela derrota em Alvalade(?)com a Dinamarca (que ainda guardo na gaveta das coisas incompreendidas) estragou toda a estratégia, mas a partir daí foi uma sucessão de "tiros no pé" (na minha óptica) tentando justificar os fracassos de promessas feitas (ir ganhar à Suécia e não sei mais onde) antes dos jogos que me levaram à desilusão inclusive a desejar (interiormente, já que nunca o escrevi) que algo deveria ser feito mesmo a nível de comando porque achava que Portugal tinha por obrigação estar no Mundial, as jornadas sucediam-se e eu cada vez via a África mais longe. Em palavras terra-a-terra, deixei de acreditar no comando. É certo que de futebol quase nada percebo, mas jamais me meti no futebol da selecção jamais fui contra esta ou aquela convocação (excepto certas reticências nas convocações dos naturalizados, mas sabe o senhor que há necessidade de legislar) ou com esta ou aquela substituição, o que eu "sentia" era que a selecção parecia que andava à deriva. Estou a ser longo, porque o senhor até sabe onde quero chegar e ir lá assim de chofre sem me tentar explicar poderia levá-lo a pensar que eu "era do contra só porque me apetecia ser do contra", mas não. Sabe o amigo que ironizei com o seleccionador, que ele nos estaria a mandar para a cova... talvez tenha sido incorrecto, talvez tenha fervido em pouca água, mas também na altura ainda não o conhecia a si e à sua calma dentro do futebol (diga-se, sem intuito de "puxar o saco" -passar graxa- como por aqui se diz, que tenho aprendido umas coisas consigo). Com este texto (longo pra caraças) o que pretendo é que Carlos Queiroz, se porventura alguma vez me leu, não leve a peito aquela coisa de cangalheiro já que jamais tive algo contra a sua pessoa. É como chamar ladrão a um árbitro. Discordar do seleccionador, sim, porque tenho o meu direito e acho que o texto último que escrevi acerca não ofendi com a minha discordância, apesar de reconhecer que às vezes as palavras me saem contundentes em demasia. Em suma, depois de tanta atribulação, chegámos a bom porto e não posso deixar de concordar com o amigo Carlos Godinho de que foi essa união de que fala a grande obreira do sucesso. Por linhas travessas estou já, claro, a enobrecer o trabalho último de Carlos Queiroz que conseguiu reunir os cacos e (re)formar um grupo. Penso que a opinião pública não exulta, porque estará meia desconfiada, não sei. Afinal faz parte da nossa massa. Bom, estamos no ponto zero para uma escalada que, quanto a mim, será até onde pudermos ir. Não sou muito exigente nesse aspecto, não vou pedir título mas não o vou descurar, entretanto acho que os quartos-de-final são uma meta bem realista.
    (gosto de colocar a fasquia por baixo)
    Saudações
    Neves, AJ

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