Sempre que se realiza um jogo entre selecções nacionais, o árbitro do jogo entrega às duas equipas, três impressos para serem preenchidos, a ficha do jogo, a lista dos sete elementos que se sentarão no banco e outra dos cinco elementos que estarão num banco adicional. Ao iniciar-se o jogo, o 4º árbitro dirigiu-se-me dizendo que só tinha colocado quatro nomes na ficha do banco adicional pelo que um dos elementos teria de sair. Estranhei o engano mas admiti-o e disse ao António Gonçalves, técnico de equipamentos, para sair do banco. Ao intervalo dirigi-me à cabine dos árbitros para solicitar a inclusão do quinto nome, partindo do princípio que me tinha enganado. A resposta da equipa de arbitragem italiana foi áspera e peremptória: "Os regulamentos não permitem a alteração". Conformado, mas não convencido, mesmo sabendo que não era uma questão crucial, fui falar com o delegado da FIFA, o meu amigo Petr Fusek, da Rep. Checa, que me disse ser este um problema menor e que o iria resolver. Entretanto, para perceber o que se tinha passado, tirou da sua pasta uma cópia da folha que preenchi, e, surpresa das surpresas, afinal a ficha estava bem preenchida e o 4ºárbitro é que se tinha enganado! O delegado obrigou o árbitro a dirigir-se ao banco da equipa de Portugal, antes do jogo recomeçar, e à frente de todos, pedir desculpa. Assim o fez. Escusava era de ter sido tão arrogante quando lhe foi pedida uma coisa tão simples.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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