O jornal "O Jogo" de ontem, publicou um artigo com o título "Todos somos Jamor", abordando com brilhantismo as diversas questões referentes à utilização do Estádio Nacional. Deu gosto ler pela forma interessante como relacionou a forma de ser português, a festa enraizada que se vive na mata do Jamor e o próprio espectáculo desportivo realizado num recinto desactualizado. Todos reconhecemos a importância deste movimento social que ultrapassa em muito o próprio jogo. Da força do poder à sardinhada, ali, naquele espaço com mais de 60 anos, coexistem todos. Estou de acordo que vale a pena discutir de uma forma séria este problema, ou melhor, esta questão. Sem rodeios, ou clivagens, muito menos com discursos inflamados, já um pouco deslocados no tempo. No entanto parece-me justo referir, não tendo ninguém acentuado esse facto, que a FPF fez, a exemplo do que tem acontecido nas fases finais em que a Selecção tem participado, um esforço correcto e consequente para que a Comunicação Social tivesse condições dignas de trabalho. Num novo espaço, foi montada uma tenda com as condições exigíveis e necessárias para um evento desta dimensão, desde internet gratuita - em todo o estádio -, ar condicionado, comida, etc..
Dentro da FPF tenho sido muitas vezes crítico pelo facto de as Selecções Nacionais não serem acompanhadas, em termos de qualidade, pelas outras estruturas organizativas. Dou a mão à palmatória, porque desta vez conseguiu-se pensar este evento de uma forma integrada e investindo-se fortemente para minimizar os problemas decorrentes da falta de qualidade do estádio. Não é o céu, mas é um caminho a reforçar. Quem sabe assim não vá o poder perceber a necessidade de requalificação do Estádio Nacional. Quem sabe!
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