O que posso dizer do que anteontem tive oportunidade de ver e sentir no Parque dos Princípes, em Paris, no Jubileu de Pauleta? Em primeiro lugar, uma forte emoção pelo momento e pela grande dignidade da festa. Em segundo lugar, a oportunidade de rever pessoas com quem não privava há algum tempo, nomeadamente César Brito, com um pouco...de peso a mais, Bruno Basto, que se encontra a jogar na Rússia sem lhe pagarem salários - onde é que eu já vi isto? -Helder e Fernando Couto, ambos ainda em boa forma e Nuno Gomes, felizmente recuperado de uma lesão sofrida no final da época. Oportunidade ainda para contactar outros jogadores, tais como Yepes, Djorkaeff- ainda fantástico nos seus 41 anos-, Rocheteau, Roche, Fournier, Guerin, Thuram, entre outros. Finalmente, deu para perceber que o reconhecimento pela carreira de um jogador é uma área onde em Portugal pouco se faz e que o PSG deu uma verdadeira lição ao homenagear um jogador que só esteve cinco anos em Paris mas que marcou o clube. Cerca de 40.000 pessoas, ambiente de festa e também, como dizia o animador, de lusitanidade, dada a quantidade de portugueses presentes, terminando com a cereja em cima do bolo, com a substituição de Pauleta pai, pelo filho André, 12 anos cheios de inteligência e genica. Que belo momento onde imperou o sentimento de fraternidade pai/filho. Nós portugueses, somos maioritariamente pequenos no tamanho e na mentalidade, não gostamos do sucesso dos outros, invejamos as vitórias dos nossos compatriotas, muitas vezes desejamos a derrota de alguns de nós, pelo que dificilmente faríamos uma festa como aquela, com tanto significado e valor para a tradição e cultura de um clube. E lembramos que Pauleta não é francês, é português e com orgulho. Em Portugal, não estou a ver ser realizada uma homenagem deste tipo, com esta dimensão, muito menos com um estrangeiro. Tenho esperança que um dia possamos mudar! Havemos de mudar!
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
terça-feira, junho 02, 2009
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