Em anterior post fiquei de contar um história sobre a anterior estadia da Selecção Nacional na Albânia, decorria o ano de 1996. Pelo bizarro da situação então vivida não resisto em fazê-lo. O país atravessava sérias dificuldades motivadas pelo anterior regime comunista e isolacionista e havia uma certa pressa em resolver problemas urgentes. O aeroporto de Tirana era um deles, dada a paupérrima qualidade do que então existia. O governo marcou a inauguração formal das obras do novo aeroporto exactamente para o dia do jogo e para a hora prevista da nossa saída para Portugal, o que a concretizar-se, impediria a nossa partida nesse mesmo dia, dado que a pista não tinha condições para os aviões levantarem de noite. Fizemos diversas diligências junto da federação local que conseguiu sensibilizar o governo para adiar o protocolo. O adiamento da cerimónia para uma hora e quinze minutos depois do jogo foi uma conquista, mas tornou-se rapidamente num desafio tão importante como o jogo, dada a dificuldade que haveria em operacionalizar a deslocação para o aeroporto das pessoas e das bagagens. Os jogadores, depois do jogo, conseguiram preparar-se em cerca de quinze minutos, o que se tornou no primeiro milagre. Depois, foi bonito de ver Figo e os seus companheiros, a carregarem aquelas pesadas malas de alumínio para o autocarro. Antes porém, enquanto decorria o jogo, alguns elementos do staff transportaram a maioria da bagagem para a avião da TAP que se encontrava à nossa espera e finalmente, todos, incluindo jornalistas, dirigiram-se para o aeroporto entrando directamente na pista, dos autocarros para a aeronave, cerca de dez minutos antes da hora limite dada pelas autoridades. Quando chegámos ao avião vimos o cortejo presidencial aguardando na pista a nossa partida. Os tripulantes fecharam as portas e partimos de imediato com profundo suspiro de alívio. Nem mais um dia na Albânia gritava-se no avião. Ah! Já agora, ganhámos por 3-0.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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