terça-feira, outubro 27, 2009

Desfibrilhador


Bom artigo no DN, da autoria de Rui Hortelão, sobre um tema, infelizmente, em grande destaque esta semana. Na FPF temos feito um esforço no sentido de equiparmos as selecções nacionais com equipamentos deste tipo. No banco de suplentes temos sempre connosco um desfibrilhador, para o que der e vier. Relembro que em 1985, durante o jogo Alemanha/Portugal que nos deu o apuramento para o Mundial do México, foi exactamente um aparelho destes que salvou a vida a um jornalista português. Não foi no meu tempo mas aconteceu. Rui Hortelão tem razão, temos todos de ser mais actuantes, pelo menos para ficarmos com a certeza de que tudo foi feito para evitar o pior.



Miklós Féher não foi o primeiro atleta a morrer num recinto desportivo em Portugal. Mas a sua morte, pela dimensão mediática que teve, prestou um serviço público ao nosso país: mostrar como os desfibrilhadores podem salvar vidas. Discutiu-se o assunto, prometeram-se medidas, reclamaram-se novas leis. Quase seis anos depois, nova morte. E nova morte, novas críticas ao Governo e às leis, novos lamentos, novas declarações de boas intenções.
Quem reclama só não explica o seu silêncio durante os últimos anos e a aceitação de praticar e patrocinar desporto sem um desfibrilhador por perto. Porque se os políticos são negligentes, dirigentes, treinadores, massagistas, médicos e atletas são cúmplices desta e de todas as outras mortes que venham a ocorrer, até que adoptem posições tão intransigentes pela mudança quanto as palavras que usam para a reclamar.
Uma nota final: hoje em Portugal, ainda nem os centros de saúde estão obrigados a ter desfibrilhador.

1 comentário:

  1. Sem duvida alguma.Eu pensava que todos os clubes já estavam equipados com este aparelho,mas pelos vistos enganei-me.
    Será devido ao valor do aparelho que alguns clubes tem dificuldades?
    Não existe ajudas governamentais aos clubes para aquisição do mesmo?

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