terça-feira, outubro 13, 2009

Hino Nacional

Foto: Francisco Paraíso

Aqui há uns tempos, a Selecção Nacional de Râguebi esteve presente no Mundial da modalidade. Infelizmente para os jogadores e para a equipa, acabaram por ficar mais famosos pela forma como entoaram o Hino Nacional do que pelos resultados. Foi entretanto e imediatamente associada a ideia de que no futebol, "os meninos mimados e ricos", não cantavam o hino com aquela vontade dos raguebistas. Triste ideia. Pode-se cantar o hino a gritar, mas também ouvi-lo e sentir interiormente o seu significado. Comigo o que acontece é que às vezes é cantado mais forte, noutras menos, noutras nem canto, mas sentido é sempre. Junto uma imagem, por sinal excelente, do último jogo no passado sábado.

4 comentários:

  1. Caríssimo, a Selecção de Rugby é um exemplo muito positivo de como conseguir dinamizar um desporto de forma profissional e extremamente eficaz. É um verdadeiro Case Study de Relações Públicas (um pouco como a era Scolariana).

    Claro que depois fazem-se associações perfeitamente ridiculas, como essas que se lançaram amiúde na altura. Já agora, não é no Rugby que se nacionalizam Argentinos a granel? :)

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  2. Luciano
    Estou de acordo sobre o raguebi português. Custa é ouvir e ler sobre os nossos sentimentos como se fossemos apátridas. Nunca pagámos a ninguém para nos esperar no aeroporto e acho isso uma patetice. E disseram-se coisas lamentáveis sobre este assunto. Sabe que fomos nós que a partir de 1990 começámos a distribuir a letra do Hino durante os nossos jogos? Os jovens não a conheciam. No meu tempo de escola aprendia-se bem novo a cantá-lo. Devemos é um respeito grande ao nosso hino e à nossa bandeira e de facto essa tradição não existe, com excepção dos mais velhos e dos que vão ao futebol actualmente. Na Luz, no sábado, foi impressionante a forma como se cantou o Hino. Abraço

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  3. Caro Carlos,
    Há algum tempo que não deixo aqui nenhum comentário, mas desta vez tem mesmo de ser.
    Só quem nunca passou por essa experiência pode criticar o que cada um sente ou exterioriza no momento de ouvir e/ou cantar o Hino nacional. Cantar o Hino foi das coisas que mais me marcou nos quatro anos que tive a felicidade de trabalhar contigo na Selecção Nacional. Nada pode pagar-me a experiência de estar de pé, junto ao banco de suplentes – como se vê na foto do Francisco Paraíso – e cantar, mesmo que desafinado, A Portuguesa. Não há nenhum patriotismo bacoco nisto. Há apenas o sentimento de fazer parte de um grupo que está ali de alguma forma em representação de um País inteiro – mesmo dos que dizem mal por se cantar o Hino. Nenhum dinheiro do Mundo poderia pagar-me aqueles instantes em Baku, a 2 de Setembro de 1999, quando, pela primeira vez, estive de pé, ao lado de toda a Selecção, a cantar o Hino.
    E aqui, como em tantas outras coisas, não se pode medir o sentimento das pessoas. Comparar os homens do futebol com os do râguebi por causa da forma como cantam ou vivem o Hino é mesmo de quem nunca o cantou. Em público ou em privado.

    Abraço
    jcf

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  4. Caro Carlos, é exactamente aí que pretendia chegar, sem ter concretizado. Só um louco afirma tanto que se lê e ouve em Portugal sobre a nossa selecção.

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