terça-feira, janeiro 12, 2010

Caim


Aproveitei este período para colocar alguma leitura em dia. Caim, de José Saramago, foi um dos livros que li. Compreendo agora, não só as palavras de Saramago, que reproduzo, mas também as dos que o contestaram. Com toda a sinceridade, gostei muito deste livro, mais do que da maioria das anteriores obras do autor. É de facto muito polémico, mas Saramago, aborda ali, de uma forma livre, muitas das expressões com que diariamente muitos católicos colocam a si mesmo sobre o seu Deus. O que é certo é que não faço como aqueles que Saramago critica, ou seja, falar sem lerem o livro. Aconselho a leitura, livre, desapaixonada e sem tabus.


O escritor José Saramago afirmou que "Caim" suscitou "incompreensões" e "ódios velhos", um "alvoroço" não suscitado pelo livro mas pelas declarações por si proferidas.

"Desperto muitos anti-corpos" disse o escritor que com ironia referiu ser este o "livro que mais se tem falado apesar de não ter sido lido". Uma situação que qualificou de "magia e quase milagre" por "se ter dito tanto sobre um livro que não leram".

"Com a cabeça alta, que é como há que enfrentar o poder, sem medos nem respeitos excessivos, José Saramago escreveu um livro que não nos vai deixar indiferentes, que provocará nos leitores desconcerto e talvez alguma angústia, porém, amigos, a grande literatura está aí para cravar-se em nós como um punhal na barriga, não para nos adormecer como se estivéssemos num opiário e o mundo fosse pura fantasia". Pilar del Rio







1 comentário:

  1. Sou um leitor compulsivo,mas verdade seja dita,ainda não tive coragem de o ler.
    Eu já estou como o outro:
    És católico?
    Sim,mas não praticante.
    Mas existem católicos não praticantes?
    Já estou confuso...talvez seja melhor ficar por aqui...

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