domingo, janeiro 17, 2010

Hotel assombrado


São conhecidos por muita gente os pavores de alguns treinadores, dirigentes e atletas, pelas superstições envolvendo os hotéis. Eu conheço e já vivi muitos momentos saborosos com histórias envolvendo este assunto, que hoje à distância, me fazem sorrir. Por exemplo: quando preparava o jogo com a Holanda que se disputaria em Setembro de 2000, em Roterdão, na qualificação para o Mundial 2002, visitei vários hotéis na cidade, e como faço sempre, perguntava que equipas lá tinham ficado hospedadas e quais os resultados que tinham obtido. As respostas eram prontas e iam-me dizendo que tinham sido tais e tais e os resultados tinham sido sempre favoráveis à Holanda, ao Feyenoord, e durante o Euro 2000, às equipas adversárias. Na impossibilidade de utilizarmos o hotel que nos tinha servido de base para o Alemanha/Portugal, do Euro 2000, e já um pouco cansado e desiludido com a qualidade do que tinha visto, e também com a superstição a perseguir-me, perguntei a um amigo meu holandês onde tinha ficado a França quando jogou e ganhou a final do Euro. Descobri o nome e desloquei-me ao hotel indicado que ficava situado fora da cidade, numa zona industrial. Gostei do que vi, sobretudo da sua qualidade e tranquilidade e após a visita, decidi reservá-lo, depois de contactar telefonicamente o Seleccionador Nacional de então, António Oliveira, que me deu luz verde para o fazer. A Selecção Nacional acabou por realizar um dos mais extraordinários jogos dos últimos anos, tendo vencido uma estupefacta e siderada Holanda, por 2/0. Não acredito em bruxas e assombrações, pero que las hay, hay!


3 comentários:

  1. Pois,eu tambem não acredito,mas António Oliveira tinha medo que se "pelava".

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  2. César, a superstição neste caso tocou-me a mim e não ao ex-Seleccionador Nacional. Eu é que não encontrava um hotel de qualidade onde a equipa que vinha de fora ganahasse. Aconteceu à França e mais tarde... a Portugal. Abraço

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  3. Também acontece aos melhores.eu tenho dias que acredito e dias que não.Mas torna-se um hábito,mesmo que não queiramos,de fazer tudo igual como da última vez que tivemos sorte.

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