Ao observar o primeiro jogo de ontem entre o Malawi e a Argélia veio-me à ideia um facto que me parece poder vir a ser uma constante durante esta competição. Pretendendo organizar uma prova deste tipo, a exemplo do que se faz na Europa, os africanos correm o risco de transporem para uma realidade diferente aquilo que acontece noutros locais com outro grau de desenvolvimento e sobretudo de experiência. O estádio encontrava-se praticamente vazio o que significa a falta de adesão do público angolano aos jogos das outras selecções. Depois não se compreende que se realizem dois jogos, em dois dias seguidos, no mesmo estádio, com as consequências organizativas negativas que esse facto acaba por gerar, nomeadamente a sobrecarga sobre o relvado que já foi notória neste jogo. Talvez fosse preferível terem-se socorrido da experiência de organizadores de outras confederações. Finalmente, por força da deslocação do Seleccionador Nacional, tivemos oportunidade de contactar várias vezes a organização local e constatámos a evidente dificuldade na gestão destes processos, que concerteza estarão a cair em catadupa, sobre os ombros de pessoas com pouca experiência e pouco habituadas à necessidade da sua agilização. Festa, alegria, voluntarismo, talvez sejam insuficientes para uma organização com uma dimensão mundial. Pequenas notas iniciais que oxalá não se avolumem com o decorrer da prova.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
CAN - Angola 2010 visto por Africanos:
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