Na final hoje disputada, Portugal acusou alguma falta de experiência em situações deste tipo, entrando no jogo um pouco receoso, mas acabando por fazer porém uma excelente segunda parte. Em quatro golos sofridos, três foram oferecidos de bandeja e um foi de calcanhar. Excelente atitude nos últimos quinze minutos, permitiu fazer-nos acreditar que seria possível vencer. A Espanha fez uma grande primeira parte e foi aproveitando os erros na nossa zona defensiva. Portugal mostrou que pode sonhar com uma vitória numa próxima competição, jogando sem receios, concentrado, e se apostar mais na velocidade e na antecipação, tudo será então possível. Parabéns aos jogadores e à equipa técnica.
Em resumo, será necessário aproveitar este momento positivo para repensar todo o futsal português dando-lhe condições para um desenvolvimento integrado e harmonioso, onde a formação terá de ter um papel preponderante.
Depois desta bela classificação,está na altura de fazer algo de sério no futsal, para o futuro ser diferente.
ResponderEliminarA formação no futsal é essencialmente de futebol de rua. Há que mudar rapidamente as características morfológicas do futsalista nacional, em 95% dos casos baixo, franzino e rápido. Uma análise superficial diz-nos que este é o tipo morfológico mais indicado, mas a verdade é que há que conseguir um compromisso entre estas características e altura e pujança física. O futsal espanhol é essencialmente físico e aéreo, com a técnica a entrar nos detalhes. O nosso baseia-se na técnica.
ResponderEliminarAcresce a isso que a grande geração de futsalistas nacionais está a acabar. Temos hoje um dos melhores do mundo, mas o nível médio está muito inferior ao de há 5 ou 10 anos atrás. Basicamente a geração que "fez" o Sporting e depois o Benfica, acabou, e neste momento tirando o Ricardinho, o nível médio é algo reduzido. E depois, claro, há opções no mínimo duvidosas, dando-se primazia aos jogadores de Sporting e Benfica em detrimento de outros de igual ou superior valor das restantes equipas.