Estávamos em estágio há cerca de um mês para o campeonato do mundo sub/20, em 1991. Já tinhamos até, segundo me lembro, participado em dois jogos dessa prova e decidimos, para variar um pouco, assistir a uma peça de teatro onde o principal actor era exactamente Raul Solnado. Quando Solnado se apercebeu da presença da selecção na sala, decidiu, inesperadamente, e para espanto de todos, interromper a peça, para anunciar a nossa presença e para dizer quanto inesperado foi para ele e para os colegas, a presença de uma equipa de futebol na plateia. Saudou os jogadores e elogiou os responsáveis pela atitude de levarem aqueles jovens ao teatro. Só não sabia que para a grande maioria dos jogadores, essa foi a primeira vez que entraram num teatro. Ainda há relativamente pouco tempo, numa entrevista, falou nesse caso. Faleceu hoje e era um homem e artista diferente. Descanse em paz.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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