As primeiras páginas dos nossos jornais desportivos de ontem e acerca da derrota do Benfica e consequente afastamento do clube da Champions League, foram arrasadores, sobretudo para Jorge Jesus. "E queria ele ganhar a Champions", disse o Record. "A Bola" por sua vez, atirando sobre os jogadores: "Não podem ou não querem?" e "O Jogo", mais realista e menos radical: "Calvário". É sempre assim, uma derrota, uma afastamento em que ninguém queria acreditar, e está entornado o caldo. Na realidade, as expectativas altas, a este nível, são sempre de evitar. Cautelas e caldos de galinha...nunca fizeram mal a ninguém. Mas para isso são precisos alguns anos de experiência e prática, repito, a este nível, e não embarcar em situações de euforia sem suporte suficiente. Passo a passo, jogo a jogo, sem promessas de grandes resultados, é sempre o caminho a seguir. Falhou-se na estratégia para a Champions mas está aí à porta uma competição importante, a Liga Europa, que convém não desperdiçar. E um clube grande, na Champions, ou na Liga Europa, terá de ser sempre grande. Cabeça levantada, limpa, ganhar ao Schalke 04 e depois começar nova vida. A vida de sempre, de quem sabe que não se pode ganhar sempre.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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