A Selecção Nacional Sub/18 venceu ontem em Mafra, a sua congénere de Montenegro, por 5/1, num jogo de preparação, única actividade existente, dado que este escalão não possui competição oficial. Foi um resultado desnivelado mas que reflecte a qualidade das duas equipas. Nos últimos dois anos, a formação em Portugal, foi discutida de uma forma simplista e usada unicamente para servir e para se tentar provar algo que nada tinha com a realidade que as selecções nacionais viveram nos últimos vinte e cinco anos. Existem muitos problemas em Portugal no que diz respeito à formação de praticantes de elite, no entanto, apesar dessas dificuldades que vamos vivendo, não se pode dizer que não existe formação e que a FPF não tem cumprido o seu papel. Nem sempre, ano a ano, nascem Cristianos Ronaldos, mas ano a ano, nos clubes - base de tudo - nas associações e na FPF, o investimento é imenso, e ciclicamente vêm surgindo novos valores. A expressão "não houve formação na FPF desde..." é falaciosa, mentirosa e ridícula. Se não houve formação, como é que se prova o resultado do jogo com a Espanha da última 4ª feira? De todos aqueles jogadores só Eduardo e Pepe, não jogaram nas selecções jovens, e no conjunto estavam ali representadas centenas de internacionalizações desde os Sub/16 aos Sub/21, com passagens por várias fases finais europeias e com alguns títulos associados a algumas delas. As selecções jovens não são um fim em si, são um princípio que tem como objectivo o aparecimento de jovens jogadores no futebol português e particularmente apurar os melhores para atingir o patamar mais alto, a Selecção Nacional "AA". O resto, é atirar areia para os olhos dos menos atentos.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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