Depois de ter colocado uma anterior entrada sobre a formação, deparei-me com esta notícia no maisfutebol, sobre a possibilidade de dois jovens da Tanzânia??? poderem jogar nos escalões de formação de um clube português: «São jogadores acima da média. Conheço bem a realidade do clube, pois já lá trabalhei, e têm potencial para jogar na formação. São superiores a muitos jogadores que estão lá. Para jogar nos seniores é diferente. É preciso margem de progressão e adaptação ao futebol europeu», explica o ex-treinador dos jovens africanos. A notícia diz tudo, "são jogadores acima da média para jogar na formação, mas para jogar nos seniores é diferente". A verdade é que para este treinador a formação é mesmo um fim em si, pouco importando depois se os jovens não têm meios físicos, técnicos ou outros para vingarem no futebol profissional e num mundo estranho. Ou seja, induzir os clubes, os jovens, as suas famílias, para uma aventura, que pode acabar mal, sem qualquer tipo de garantias, é o unico interesse em cima da mesa. Este não é obviamente o caminho. E o que é preocupante é o facto desta história ser igual a tantas outras que têm surgido no nosso país nos últimos anos e cujo resultado final é pouco mais que zero. Pode-se apostar em alguns jovens estrangeiros de qualidade que possam ter a possibilidade de atingirem patamares altos nos nossos clubes, mas desta forma é praticamente só inviabilizar o que é nosso, criado por nós, que fala a nossa língua, e que é fruto do nosso - colectivo - trabalho. Ingenuidade minha, talvez.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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