No jogo de anteontem do SL Benfica, além dos factos que todos conhecemos que quase originaram uma reviravolta do marcador, a maior saliência vai, na minha opinião, para dois jogadores, Carlos Martins e Fábio Coentrão. Curiosamente dois dos três únicos portugueses que estiveram em campo. E esta questão leva-nos mais uma vez à discussão sobre o papel que o jogador nascido em Portugal tem nos clubes portugueses. Não tenho dúvidas que a sua entrega é sempre superior à da maioria dos atletas estrangeiros. Nalguns casos, mesmo não sendo melhores jogadores, conseguem ter uma ligação mais efectiva aos emblemas que representam, porque joga a seu favor a cultura e a tradição. Podem dizer que neste caso sou nacionalista, mas não vejo como não tenha razão e continuo sem compreender como não se aposta e investe mais nos nossos jovens. Aos estrangeiros, normalmente, vai-se perdoando a falta de entrega e dedicação, argumentando-se sempre que estão em fase de adaptação. Aos portugueses, se não foram muito fortes psicologicamente, e capazes de resistir a todas as dificuldades que lhes são criadas no seu crescimento, rapidamente se passa um atestado de incapacidade e são despachados para a 2ª divisão. E a essa situação nem todos resistem, acabando por se perder muitos pelo caminho.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Eu deixaria um outro lamento, associado: que o gabinete de comunicação da FPF não dê autorização para que um dos seus treinadores de guarda-redes fale de um problema assumido pelo seleccionador: o escasso campo de recrutamento de guarda-redes.
ResponderEliminarEra no interesse da Selecção, mas mesmo assim...black out
Anónimo, o Departamento de Comunicação da FPF não fez e não faz qualquer black out sobre qualquer assunto. No entanto, como compreenderá, para falar de determinados assuntos deve haver uma lógica de resposta que não passará obviamente por todos os elementos, treinadores ou não, desta FPF. Havendo liberdade há também responsabilidade e hierarquia. Aqui, como em todos os lados. Nesse caso concreto, para falar desse assunto, as pessoas mais responsaveis serão aquelas, que neste momento, têm uma mais directa ligação à questão, ou seja o Seleccionador Nacional ou o seu colaborador directo para a área. Cumprimentos.
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