O Vitória FC é o único representante do distrito de Setúbal na Liga principal de futebol, região onde chegou a haver quatro clubes nessa prova. A tendência dos clubes do distrito é para irem descendo de escalão. Desde o Barreirense que milita nos distritais, ao Fabril, ex-CUF, que se encontra na III Divisão, ao Seixal que nem sei onde anda, e ao Montijo que desapareceu e foi substituído pelo Olímpico, é uma autêntica lástima a realidade do futebol nesta região. Fernando Oliveira, Presidente do Vitória, em noite de festa do centenário, teve no entanto um discurso bem preocupante sobre o futuro deste clube:
«A situação é muito complexa. Não digo que seja intransponível, mas... O Vitória não tem nada. Está na estaca zero, ingovernável»
«Além do mais eu entendo que o Vitória, se sair do Bonfim, arruína-se. Temos feito pequenas obras no Bonfim, gastámos agora 75 mil euros num relvado adjacente, melhorámos as condições para os miúdos na Várzea. Mas sair do Bonfim seria dramático, retiraria o clube da cidade e isso seria fatal. Não pode acontecer. Temos um projecto de remodelação do Bonfim e conseguiríamos quem nos ajudasse. Temos um plano, mas precisamos que as pessoas compreendam a nossa posição. Nós não queremos rasgar contratos, nem queremos dizer pelos jornais que vamos anular o direito de superfície cedido à Pluripar. Não queremos isso, mas já pedimos uma reunião à administração da Pluripar para colocar as cartas em cima da mesa, já a pedimos há dias e estamos à espera que a marquem. Também pedimos à presidente da câmara para patrocinar o encontro. Mas ou nos dão respostas ou tomaremos as nossas decisões. Porque se o nosso projecto não avançar o Vitória acaba».
Se os vitorianos e as autoridades públicas e privadas da cidade não se unirem e juntarem esforços, ao Vitória poderá acontecer o mesmo que aos seus rivais da região.
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