quarta-feira, junho 23, 2010

José Saramago

Foto: Francisco Paraíso

Saramago, independentemente das suas convicções políticas, que pouco me interessam, era um português como qualquer um de nós, que como disse numa entrada anterior, atingiu um patamar de valor e prestígio superior às pessoas comuns. Citando mais uma vez os Lusíadas "E aqueles que por obras valerosas, da lei da morte se vão libertando", Saramago há-de continuar vivo através da sua obra. Aqueles que não comungam destes princípios têm o direito de o dizer, mas deveriam pelo menos respeitar o trajecto literário e cultural que ultrapassou em muito o nosso espaço. Tenho é a certeza de uma coisa, dados os comentários do "L'Osservatore Romano", se Saramago tivesse vivido no tempo da Inquisição. tinha acabado na fogueira. A Selecção Nacional prestou-lhe uma singela homenagem.

1 comentário:

  1. Sem dúvida. Para além das suas opiniões, controversas como quase todas o são, e até de algumas das suas actuações no pós-25 de Abril, Saramago foi um grande escritor, um dos maiores de sempre de língua portuguesa. O que nos interessa os caracteres, bons ou maus, de Homero, Dante ou Shakespeare? Interessa-nos é que nos legaram a Ilíada, a Divina Comédia e o Hamlet. Saramago deixa-nos o Memorial do Convento e mais um punhado de grandes obras. Foi uma grande perda.~
    Já agora, noutro registo, que tudo corra bem amanhã com o Brasil - irmãos, irmãos, resultados aparte. Um abraço, Carlos.

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