Blogs e Liberdade

António Boronha, no seu blog, um dos mais conceituados a nível nacional, escreveu isto:

"não duvidem que ter um 'blogue' como este, escrito por uma única pessoa que assina o seu nome por baixo, não é nada fácil.

não pelos comentários, por vezes 'poucochinhos', outras mais ou menos insultuosos, ocasionalmente reivindicativos sobre tudo-e-mais-alguma-coisa, que em determinadas alturas se empilham para moderação.

(não vale a pena irem por aí!)

nem tampouco pelo conhecido síndrome da 'falta de assunto' que de tempos em vez nos assola a todos, inclusivé aqueles que como eu têm a obrigação(?) de escrever com alguma regularidade. nem que seja de borla!

por nenhuma destas duas razões!

simplesmente porque, muitas vezes entendo - mal! - ter a obrigação de ver determinados jogos de futebol, para posteriormente os poder comentar, os quais acabam por ser uma autêntica 'seca'!"

Como eu o entendo António Boronha, apesar de já termos divergido nalguns momentos sobre os blogs e sobre alguns comentários pouco sérios e ofensivos. Se soubesse então o que por aí vai para combater estes projectos de liberdade que são a maioria dos blogs, assinados, e de pessoas que dão a cara, talvez então mais descrente ficaria. Para uns quantos, que falam hoje de liberdade, só a entendem e a aceitam, se for para falar bem deles. Se aparecer uma palavrinha que seja, contestando uma ideia ou um gesto, alto aí, estão a atacar-me. A liberdade é também a possibilidade, de outros, terem razão e nós não. Não sabem, porque antes de 74 andavam "distraídos", e nesse tempo é que era bom, divertiam-se à grande, com os poderes instalados a protegê-los, nem que fosse à custa da liberdade que hoje reclamam, para eles, claro. Dão o benefício da dúvida? Nem isso.