Por motivos de ordem profissional estive ausente do país por vários dias tendo tido conhecimento no estrangeiro das grande novidades que nos envolveram durante a semana. Foi com um misto de tristeza e alegria que fui vivendo as diversas peripécias, desde a vida política e social ao futebol. Se na componente política, pelas piores razões, fomos início de telejornais em todos os grandes meios de comunicação social mundial, no futebol as noites de anteontem e ontem foram fantásticas para os nossos clubes e para alguns dos nossos jogadores e treinadores e deu prazer ver, em várias televisões estrangeiras, as referências elogiosas a todos eles no contraste directo com as outras que de facto nos diminuiram perante o mundo. Digam o que disserem os nossos brilhantes analistas e comentadores, as imagens e as notícias que vi e ouvi sobre a nossa situação económica e financeira, foram todas, sem dúvida, amesquinhadoras para o nosso país. Desde Inglaterra à Finlândia, passando por diversos analistas financeiros europeus, não foi nada bom o que se disse deste país com mais de oitocentos anos de história, alguma dela bem gloriosa e única. Se o futebol, tão odiado por alguma classe intelectual pequena e mesquinha, consegue estar no topo da Europa, porque razão quase todo o resto da sociedade se vai afundando numa penunbra para a qual não se vê saída?
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