Portugal segundo se fala, vai receber 80 biliões de euros para resolver os problemas da sua economia a médio e a curto prazo. Sinceramente, lembrando-me dos dinheiros da Europa que desperdiçámos e que foram parar aos bolsos, directa ou indirectamente, dos muitos passarões da nossa praça, não acredito que tudo isto vá resolver o que quer que seja, enquanto não houver autoridade, disciplina e exemplos. Não podemos viver acima das nossas posses, não podemos gastar mais do que produzimos. Há quem diga, o BE por exemplo, através de Daniel Oliveira, que os países não vivem assim com contas de merceeiro. Esta e outras opiniões do género tinham muito a ver com o facto de nunca se ter visto a cara daqueles a quem devemos. Agora que começamos a analisar melhor e a verificar que quem empresta, especulando, quer cobrar alto, talvez nos leve a meditar que se não tivermos disciplina nas nossas contas, no país, como em casa, vamos afundar-nos. E para haver disciplina tem de haver autoridade, mas por parte de quem, se por exemplo, o maior partido da oposição, numa das últimas votações desta Assembleia, numa atitude meramente eleitoralista, votou contra o processo de avaliação dos professores, esquecendo-se que dentro em breve, possivelmente, irá governar o país e que Mário Nogueira lá estará à sua espera! E se não há disciplina e autoridade como poderá haver exemplos? Cada um tenta conseguir o máximo para si esquecendo-se dos outros, olhando-se para o nosso quintal e não para a floresta. Dou como exemplo também o futebol, e o recente castigo a Jesus e as consequentes e evitáveis palavras de Villas-Boas. Não há disciplina porque não há autoridade e sem esses fundamentos não haverá exemplos. Será que em Inglaterra ou mesmo na UEFA - competições europeias - existem processos deste tipo que demoram meses a serem resolvidos? Não há, porque há disciplina vinda da autoridade que as instituições exercem e consequentemente existem exemplos que são cumpridos sem esta permanente contestação verbal. Em Portugal nada disso conta. Não faltará muito para que comecem a surgir vozes a sugerir que um qualquer Salazar volte a aparecer por aí.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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