sexta-feira, abril 22, 2011

Fundos

Só a partir do ano de 2001 e mais tarde depois do caso Tevez, o mundo do futebol ganhou consciência da existência dos fundos de investimento de jogadores.
O processo é simples, um grupo de empresários compra determinada percentagem dos direitos económicos de um ou vários jogadores, para mais tarde beneficiar em percentagem igual, a quando da transferência do(s) jogadore(s) para outro clube, naturalmente por valores superiores aos da aquisição.
É com esta intenção que o antigo director desportivo do Chelsea Peter Kenyon, actualmente na CAA Sports International, juntamente com o agente FIFA Português Jorge Mendes, proprietário da Gestifute, uma das maiores agências de jogadores, decidiram criar a Quality Sports Investments LP Fund.
Funcionamento do Quality Sports Investments LP Fund:
  • O Fundo procura pelo menos 15 empresários Americanos, Europeus e/ou do Médio Oriente, interessados em investir um mínimo de 1,1 milhões de Euros cada.
  • A intenção do Fundo é a de adquirir percentagens de direitos económicos de jogadores, a clubes com experiência e resultados na formação de jovens talentos, e partilhar os dividendos das futuras transferências com os seus investidores.
  • O Fundo será registado em Jersey, um paraíso fiscal Norte Americano, tendo em vista a redução de impostos dos seus investidores.
  • O Fundo promete aos seus investidores lucros anuais de 10% nos 3 a 5 anos previstos para a sua existência.
  • Os jogadores terão como origem clubes de Portugal, Espanha e Turquia, onde a constituição destes Fundos é legal. Note-se que em Inglaterra este tipo de Fundos é actualmente ilegal.
  • Os jogadores transferidos terão como principal destino grandes clubes Europeus de Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França.
Naturalmente que com a experiência de Jorge Mendes e Peter Kenyon, o Quality Sports Investments LP Fund, tem tudo para se tornar num dos fundos de investimento desportivos com maior sucesso, não fosse o agente FIFA responsável pelas transferências de Cristiano Ronaldo, Nani, Ricardo Carvalho, Di Maria, Quaresma, etc… para alguns dos maiores clubes europeus.

In: Football Finance


Este é um texto do Football Finance que ilustra bem o poder empresarial que rodeia o futebol de hoje que obviamente não comento. O que mais me preocupa é se os Fundos, este e outros, dominam os jogadores, inevitavelmente alguns treinadores, por consequência alguns dirigentes, qual a margem de manobra de liberdade para todos, especialmente para os clubes que me parecem seriamente condicionados na sua margem de decisão?

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