Nunca fui um adepto do actual Presidente da República e pelos erros que cometeu, na minha opinião, mais sentido fazia ter esta posição. Entendo que talvez pudesse ter evitado a convocação de eleições num período tão crítico para todos, não correndo atrás daqueles que achavam que era o momento de deitar o Governo abaixo. Impunha-se uma tomada de posição estratégica e não táctica, como às vezes acontece no futebol. Não foi isso que aconteceu e de mal passámos a pior. No entanto, o seu silêncio dos últimos tempos, gerou uma iniciativa que me pareceu positiva, convidando para a sessão solene do 25 de Abril os ex-Presidentes da República. Foi uma sessão com conteúdo e com claro sucesso, destacando de imediato o discurso de Jorge Sampaio, cheio de análise crítica mas apontando caminhos claros e sérios. Num sentido mais abrangente, todos tiveram bem nas suas análises decorrentes do seu estilo e ideologia, mas o que ressaltou dali, num esforço unitário, dificilmente terá execução, como o comprovam algumas intervenções no final da sessão. Falta sentido de Estado a alguns dos nossos políticos que se deveriam de abster de fazer comentários críticos naquele momento e naquele local, por respeito ao que se passou minutos antes. Faltou também respeito a muitos dos jornalistas presentes que deveriam ter sido impedidos de "assaltar" os presentes com questões que só mais tarde deveriam ser abordadas. No geral pareceu-me uma iniciativa válida, e quero entender como muito séria, do actual Presidente da República.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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