Com o título "Agências de rating armadilharam Portugal", o jornal "A Bola" de ontem publicou partes de um artigo da autoria de Robert M. Fishman, Professor de Sociologia da Universidade de Notre Dame, publicado no New York Times, com o título de "O desnecessário resgate de Portugal". "Distorcendo as percepções dos mercados sobre a estabilidade portuguesa, as agências de rating armadilharam tanto a sua recuperação económica como a sua liberdade política" e ainda, "Portugal viu-se sob injusta e arbitrária pressão dos correctores, especuladores e analistas de rating de crédito, que, por visão curta ou razões ideológicas, conseguiram forma de afastar uma administração eleita e potencialmente amarrar as mãos da próxima", "Ao aumentar os custos da dívida portuguesa para níveis insustentáveis, as agências de rating forçaram Portugal a procurar resgate" e finalmente, "No destino de Portugal reside um claro aviso para os outros países, incluindo os EUA. A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onde de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 possa marcar o começo de uma onda de invasão da democracia por mercados desregulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como próximas vítimas potenciais."
É caso para perguntarmos todos: "Estamos nas mãos de quem?" Os avisos que lemos não vêm da boca de um perigoso comunista ou de um elemento da extrema-esquerda, surgem dos EUA e no New York Times. Impressionante.
Só concordo numa pequenina parte. E os nossos governantes andam lá a fazer o quê? A grande responsabilidade é deles. Ser político deixou de ser um serviço público para ser uma profissão altamente remunerada e cheia de privilégios. Por isso se assiste a todos estes atropelos éticos, rivalidades estúpidas e falta de sentimento nacional. O orçamento de estado e sua distribuição, funciona como a lebre a mostrar aos galgos que se atropelam para o apanhar...
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