O maisfutebol divulgou anteontem duas notícias sobre a transferência de um júnior turco do FC Porto para o Kayserispor, da Turquia e de outro júnior, desta vez francês, do Nacional para o Lille, campeão de França. O jovem turco partiu para o seu país depois de duas épocas no futebol júnior do clube portista e o francês do Nacional , que nunca jogou na principal equipa madeirense, vai integrar o plantel principal do campeão francês. Estes jovens estrangeiros, como tantos outros que têm passado pela formação dos principais clubes portugueses, podem ter ganho algo com a sua presença nesses clubes, e acredito sinceramente que sim, dada a qualidade da sua formação, mas quem de certeza nada ganhou foi o futebol português, pois estes jogadores devem ter tapado a possibilidade de jogar a dois jovens portugueses. Infelizmente estas notícias não se podem considerar inéditas, nem são, infelizmente, dois casos isolados, pois se estivermos atentos, cabe perguntar por exemplo, onde estão a mais de uma dezena de jogadores estrangeiros que há pouco mais de um ano jogavam nas equipas juniores do Sporting e Benfica e que por esse motivo impediram os portugueses de jogarem. Será este o futuro? Estou em crer que não e os responsáveis pelos três grandes já devem ter percebido que esse não é o caminho. Jogadores com margem de progressão para poderem chegar aos seniores têm sempre lugar em qualquer clube, e a nacionalidade no futebol global actual não deve ser motivo impeditivo de contratação, mas encher os escalões de formação com estrangeiros absolutamente normais é um erro que acaba, directa ou indirectamente, por se pagar caro.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Infelizmente, este 'post' está em linha com os comentários 'racistas' de Laurent Blanc, sobre o mesmo assunto.
ResponderEliminar"Les grands esprits se rencontrent". É triste, mas éverdade.
Não vejo como mudar essa situação e,nem sei se consigo acreditar se há mesmo vontade de o fazer.Vamos ter de esperar para ver.Eu,cá por mim,nada posso fazer.É pena!
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminarSe defender o jogador português é ser racista, mesmo que estes portugueses sejam, brancos, amarelos, pretos, de olhos em bico ou redondos, de facto sou racista.