Somos o povo que somos. Temos os adeptos de futebol que temos. Não sou como alguns que disseram nesta campanha eleitoral que se calhar o que se devia fazer era mudar o povo. Todos se manifestam de acordo com as suas motivações pessoais, com os olhos que vêm o jogo que são os seus, e se calhar gostariam que esses olhos vissem algo de diferente e de acordo com aquilo que imaginariam que seria o jogo. O que sei, sinto e vejo, por dentro da selecção, é a aplicação, dedicação e entrega com que todos, e sobretudo Cristiano Ronaldo, se entregaram aos treinos para prepararem este jogo. Para atletas que têm uma vida profissional intensa, compensadora, não deixa de ser assinalável prescindirem de todos os seus benefícios sazonais para se dedicarem a este jogo como se fosse uma final da Champions. Para um jogador de selecção, para todos estes jogadores, não serão nunca os privilégios que recebem da FPF que os motivará para jogar. Felizmente para eles porque não iriam longe com esses proventos e o que sei e conheço, é a sua enorme vontade em representarem o seu País. Por mais que os adeptos assobiem, se manifestem, nem sempre é possível ganhar por cinco. Pensa-se hoje no jogo como se tudo fosse fácil fazendo-se uma transposição impossível e ilusória daquilo que se conhece da sua prática nos seus clubes. Jogar contra a Noruega não é o mesmo que jogar contra o Almeria, o Wigan e tantos outros clubes. A diferença, é menor, a aproximação entre os valores é maior, e por isso os olhos com que se devem ver o jogo têm de ser outros. Compreende-se por vezes a desilusão dos adeptos mas o importante é conseguir-se no final a qualificação. Fazer julgamentos precipitados e injustos não ajudará a esse objectivo. É a minha opinião.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Estamos numa fase em que o que conta é estarmos no euro 2012,espectáculo?, esperem para os jogos particulares,ou,quando for possível em jogos oficias.Nem vale pena fazer drama.Não foi um excelente jogo,mas foi um bom jogo, em especial na primeia parte.Nesta altura da época não há milagres!!!
ResponderEliminarClaro que é assim. Mas ainda há quem pense que os outros são coitadinhos e nós temos obrigação de cilindrar e de ganhar por muitos. Será influència dos comentários torpes do Rui Santos ou de quaisquer outros que abundam pelas televisões sem perceberem nada disto?
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