Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
segunda-feira, maio 31, 2010
Osvaldo Garcia
Pepe
Festa com crianças
domingo, maio 30, 2010
Álvaro Pereira
Gonçalo Brandão
Dia de protocolo
sábado, maio 29, 2010
No meu tempo é que era mar!
O meu avô materno, antigo combatente da “Grande Guerra”, como se convencionou chamar ao conflito que aterrorizou a Europa entre 1914 e 1918, costumava dizer-me, com um brilho de saudade complementado por uma lágrima furtiva quando a vida se aproximava do fim: “No meu tempo é que era mar!”. Tinha sido útil à causa que derrotou os alemães transportando soldados portugueses para os portos franceses e eu, miúdo, levei para aí dez anos a perceber que o mar era o mesmo, os barcos é que não eram grande coisa. Foi o que lhe disse quando finalmente percebi, arrostando com o mau humor de um homem justo. Terá sido, digamos, a minha primeira atitude de “sinal contrário”, a primeira de milhões delas que me acompanham na vida como uma praga de gafanhotos. Feitios, dirão alguns, coisas da vida, digo eu.
Tudo isto a propósito de uma prosa sem pretensões que me propus escrever para o blog do Carlos Godinho, meu companheiro de algumas andanças com a Selecção Nacional de futebol e que comigo partilha, neste momento, as vistas esmagadoras da Serra da Estrela, palco de um estágio que nos levará, dentro em pouco, para a aventura do Mundial sul-africano. E o tema foi encontrado quando ele se lembrou de evocar uma fotografia inolvidável de Matateu, o Lucas para os amigos, tirada aqui na Covilhã, numa tarde em que o Belenenses defrontou o Sporting local, clube de ricas tradições que sofre, como tantos outros, os sinais destes tempos. Evocou e publicou, que não é homem de deixar as coisas a meio.
Nasci em Pedrouços, sou do Belenenses, por lá dei uns pontapés na bola numa época em que o “seccionista” era Mário Macedo, jornalista de A Bola por onde passei e que não esqueço. José Pereira, Pires, Figueiredo e Moreira; Carlos Silva e Vicente; Dimas, Di Pace, Perez, Matateu e Tito. Ai que saudades, ai, ai, como imortalizou o Carlos Pinhão uma das muitas coisas brilhantes que escreveu. Era mesmo assim, três defesas, dois médios e cinco (!) avançados, mesmo que os treinadores não fossem malucos e, neste caso, Fernando Riera tivesse o cuidado de ter o Vicente a “dar uma mão” à defesa. Tão bem que o irmão mais novo do Lucas foi “Magriço” mais de dez anos depois do episódio que vou recordar. Porque, naquele tempo, é que o mar era mar...
Riera, o chileno, inovou
E o momento chegou. Um Belenenses-Sporting a contar para a última jornada do campeonato e onde nada podia falhar. As escolas foram o supporting act dessa tarde, com o primeiro relvado de Portugal a rebentar pelas costuras e a história dos noventa minutos conta-se depressa: o Belenenses empatou a dois golos, quando necessitava de ganhar, vitima de um golo de Martins, que recargou com êxito uma remate fulminante de Mokuna, “o fura-redes” que pouco mais fez na nossa terra do que lixar a vida aos meus. Argumenta-se que o árbitro não foi dos melhores e tem-se a certeza, isso sim, de que Otto Glória, na sua primeira temporada em Portugal “não teria sido ninguém” se o Martins não tivesse feito aquilo. Mas fez, o Benfica ganhou ao Atlético (3-0) e o resto pertence à história.
Eu, desolado mas conformado, nunca mais esquecerei as palavras de Matateu - com quem mais tarde vim a jogar bilhar da delegação do clube na Avenida da Liberdade -, na mal cuidada pista de atletismo das Salésias, palco das proezas de Georgette Duarte: “Fica para o ano, fica para o ano”. Tudo em paz, com muita lágrima à mistura porque um homem não é de ferro, não passando pela cabeça de ninguém que a vida acabava ali, que o futebol era coisa de que se devia desconfiar, não se imaginando que, muitos anos depois, existissem claques duvidosas, gente que gostará pouco da modalidade desportiva do planeta, servindo-se dela e servindo-a pouco.
No meu tempo é que era mar.
António Florêncio
Um texto brilhante do António Florêncio que pretendeu dar a conhecer um pouco das suas extraordinárias memórias.
Em Moçambique
O jantar ficou a cargo do nosso Carlos, que com os seus dotes culinários preparou uma refeição divinal, galinha com molho de cerveja acompanhado com o nosso belo vinho português que tanta conversa e gargalhada nos reservou pela noite fora. A noite foi practicamente em “claro” já que como dormimos junto a um galinheiro, o galo não deixava o Joaquim dormir e se não acordássemos com o galo, acordaríamos com toda a certeza com ele a barafustar."
Já pelo norte de Moçambique. O mais difícil parece já ter passado. Estes homens são dignos dos nossos maiores elogios. Estão quase lá.
Dia grande
sexta-feira, maio 28, 2010
Homenagem a Jorge Andrade
Dia calmo de trabalho
quinta-feira, maio 27, 2010
FC Barreirense
Integração
Guarda - 2 -
quarta-feira, maio 26, 2010
Homenagem a Carlos Alhinho
Guarda
Day after
terça-feira, maio 25, 2010
Sub/17 - 5 -
Cabo Verde
segunda-feira, maio 24, 2010
Curiosidades dos Mundiais
Primeira expulsão: 14.07.1930 - Roménia/Peru - Placido Galindo (Peru)
A decisão
Triste
domingo, maio 23, 2010
Vontade
Sempre na frente
De vez
sábado, maio 22, 2010
José Mourinho
Sub/17 - 4 -
De rachar
Há 21 anos riram-se de mim
sexta-feira, maio 21, 2010
Fantástico
Nestes dois dias ainda só conhecemos as terras inóspitas do Norte do Quénia… e à velocidade de tartaruga.
Em Moyale ( cidade fronteiriça ), pagámos 40 doláres referente à viatura e mais 160 doláres para a circulação nas estradas, mas que estradas (A2) … um percurso de 190Kms foi realizado em 12 Horas.
Muitas horas ao volante, mas o dia de ontem ainda conseguiu ser pior, pedras, pedras e só pedras aliadas ao pó do desert de Chalbi, fizeram a nossa média horária baixar drasticamente para 15Kms/hora, avistando um “vilarejo” ou outro, separados por centenas de quilómetros, que mediante a média a que vinhamos, são dias sem vermos “viva alma”.
Hoje, já me encontro em estado crítico, porque estes dois dias de condução sobre estas condições me “arrasou” e por isso passei o testemunho ao Carlos, mas assim que iniciámos o percurso sensivelmente cerca de 5Kms depois, a estrada passa a razoável, o que nos parece que será para manter, resumindo …eu fiquei com a “fava”.
Não foram dias facéis, mas adoramos a experiência, cruzando planícies desérticas e pedregosas, salpicadas por vulcões extintos e coloridos.
Vamos à descoberta da zona Sul do país, tendo plena consciência que este é um país a explorar, mas que a nossa “agenda” não nos permite, tentaremos ainda hoje chegar à fronteira da Tanzânia.
Assim que tecnologicamente for viável enviaremos fotografias.
Obrigado amigos pelo apoio, amizade, força e carinho."
Miguel Esteves Cardoso
Sub/17 - 3 -
Quase todos
quinta-feira, maio 20, 2010
Apoio
Scolari-Jesualdo Ferreira segundo Fernando Santos
Estágio
quarta-feira, maio 19, 2010
O filho mais novo
Um texto sobre as nossas vidas, da autoria de Manuela Fonseca
Serra da Estrela
Sub/17 - 2 -
De moto
Acabei por não sair tão cedo como isso, mas também eram só 370 kms dos quais 60 em muito mau estado. Á medida que se vai descendo, a temperatura também desce o que se torna muito mais agradável.
Já estava para tirar uma foto de um Embondeiro á bastante tempo e apesar de já ter visto uns bem maiores, aqui fica a foto para perceberem que pareço estar no país do Gulliver.
terça-feira, maio 18, 2010
Identidade Nacional
Sub/17
Pouco a pouco
Adeptos
É capital da Etiópia desde 1889, significando o seu nome ” nova flor “, sendo rodeada de montanhas cobertas de matas de eucaliptos a uma altitude de aproximada de 2440 metros. É uma cidade multi cultural, onde existem muitas nacionalidades e línguas diferentes, assim como comunidades cristãs, muçulmanas e judias."
segunda-feira, maio 17, 2010
Mudanças
Liedson
“Sinto como se tivesse nascido cá. Senti carinho desde o primeiro dia de estágio, nas eliminatórias. Senti o grupo muito unido. Receberam-me muito bem. Retribui carinho com sinceridade”, disse o atleta de 32 anos.
E, para que não restem duvidas, acrescentou: “Sinto-me muito feliz aqui, fiz a escolha correcta. Espero retribuir apoio que me têm dado, não só jogadores, mas também os adeptos, que me incentivam em todos os lugares onde vou”.
Romaria
domingo, maio 16, 2010
Cultura, democracia e futebol
Estas três palavras andam por vezes tão separadas que mais parecem pertencer a três diferentes idiomas. Quando ouvimos as claques insultar os adversários em linguagem rasteira ou quando tomamos conhecimento de actos de corrupção ou de deturpação da verdade desportiva, é difícil associar ao futebol os conceitos de cultura e de democracia. No entanto, ao longo da minha vida profissional, grande parte dela passada no mundo da edição, por diversas vezes me cruzei com o futebol. Vou referir dois desses fortuitos encontros.
Anos atrás, traduzi um livro de Ernesto Sábato, o grande escritor argentino, um dos indigitados crónicos para o Prémio Nobel da Literatura. Foi o romance «Sobre héroes y tumbas» que na edição portuguesa, com o acordo do autor, ficou «Heróis e Túmulos». Não foi trabalho fácil, pois tendo estudado o castelhano europeu, deparei com um texto cheio de argot porteño que só vim a decifrar com a ajuda de Sábato. - tendo-lhe confiado os problemas, mandou-me um glossário com termos que os dicionários de que dispunha registavam.
Contudo, o que me surpreendeu num intelectual de tamanha dimensão foi o rigor com que as suas personagens discorriam sobre futebol, descrevendo jogadas de confrontos históricos entre o Boca e o River Plate, evocando grandes jogadores... Vim depois a saber que Sábato, hoje quase centenário, pois nasceu em Junho de 1911, é um fervoroso adepto do Boca Juniors, o clube do mítico Diego Maradona. Hei-de voltar a falar de Ernesto Sábato e oxalá que seja a propósito da atribuição do Nobel – poucos escritores houve e há que tanto justifiquem esse galardão.
Num almoço que, há muitos anos tive com o grande musicólogo João de Freitas Branco e com o maestro Ivo Cruz no restaurante Belcanto, no Largo de São Carlos, Freitas Branco contou-me um episódio muito curioso ocorrido durante a vinda a Lisboa do grande violinista ucraniano David Oistrakh, que na altura era considerado o maior executante do mundo, sobretudo de compositores do repertório russo contemporâneo.
Logo após a chegada e a recepção protocolar, Oistrakh chamou Freitas Branco de parte e pediu-lhe para lhe arranjar maneira de ir ver o Eusébio jogar. Embora surpreendido pelo inusitado pedido, o maestro contactou o presidente do Benfica e logo foi disponibilizado um camarote para Oistrakh e Freitas Branco. Diz-se que, no final do concerto, o grande violinista não agradeceu pela segunda vez os aplausos do público do São Carlos, para poder chegar rapidamente ao estádio. No final do jogo,
Sobre o concerto
Havia nele a máxima tensão
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo – só palavra
Abstracção ponto no espaço teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo – era poema.
Futebol, democracia e cultura – palavras de idiomas diferentes e de distintos mundos conceptuais? Não necessariamente. Figuras míticas como Pinga, Pepe, Peyroteo, Eusébio, fazem parte da face luminosa do futebol. Bem sei que há a face oculta, aquela a que a luz solar nunca chega – claques, subornos, tráficos diversos… Hoje quis falar da sua face positiva, luminosamente inspiradora. Aquela em que o futebol nos reconcilia com a beleza da vida, dela fazendo parte. O futebol não tem de estar nos antípodas da cultura e da democracia.
(Carlos Loures)