Custa-me muito quando vejo pessoas inteligentes, como é o caso de Zé Pedro, dos Chutos e Pontapés, partir de um erro, vamos chamar assim, para chegar a uma conclusão de acordo com os seus interesses. Ontem, no Record, Zé Pedro afirma: "Como músico, fiquei chocado com a escolha do hino, e acabei por ficar desmotivado". Curioso que ficou desmotivado por ter havido um grupo estrangeiro a apoiar a Selecção do nosso País, mas não ficou motivado para fazer aquilo que esse grupo fez, ou seja, acreditar que havia condições para a qualificação desse País que não era o deles. O que a FPF fez, pela voz do Seleccionador Nacional, e bem, foi agradecer publicamente esse apoio. Esta é a primeira questão, a segunda, gostava que me dissesse onde é que ouviu ou leu alguém da FPF dizer que este era o hino da selecção. O que há é um bom aproveitamento de uma empresa que rapidamente percebeu o alcance do assunto. Mas o Zé Pedro, em vez de ter percebido os sinais e de ter feito alguma coisa, como músico, para ajudar, limitou-se, à portuguesa, a dizer mal de quem fez algo. Se os portugueses nada fizeram, pelo menos que tenham sido os estrangeiros a fazê-lo, como músicos, claro. Há maldita pequenez portuguesa, sempre atrás dos acontecimentos e a "adivinhar" os resultados depois dos jogos.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Descupe, sr. godinho, mas neste caso não posso concordar consido. Embora seja certo que não é o hino oficial da selecção, é indiscutível que a Federação Portuguesa de Futebol se associou a este fenómeno. Quer no depoimento do seleccionador, nas instalações do organismo, a agradecer o apoio (?!?!) da banda; quer na organização do concerto.
ResponderEliminarÉ muito triste que a Federação Portuguesa de Futebol nunca se tenha distanciado deste fenómeno dos Black Eyed Peas, apostando na música portuguesa para acompanhar a Selecção.
PS: Ainda não percebi qual foi o apoio que os Black Eyed Peas deram à qualificação da Selecção Nacional. Foi ter uma música que os jogadores e a equipa técnica apreciam?! Eles, até ao aparecimento deste fenómeno mediático, deviam estar muito interessados na prestação da nossa equipa.
Anónimo, o que lhe digo é que a Selecção nunca afirmou ser este o seu hino. O nosso hino é só um, "A Portuguesa". Tivessem os "Chutos" ou outros, em devido tempo feito algo, que também agradeceríamos. Aliás alguns músicos até tiveram palavras bastante críticas com a equipa, o que obviamente não contesto, mas tratar de ajudar, zero absoluto. O BES é patrocinador oficial da Selecção e aproveitou bem a questão. Abraço.
ResponderEliminarCaro Godinho,
ResponderEliminarMais uma vez tens razão. Ainda é sina de muitos portugueses dizeram mal antes de fazerem qualquer coisa para alterar aquilo que consideram estar mal. Para os mais distraídos, convém recordar que a FPF e/ou a Seleção Nacional, há muito que não patrocina a criação de qualquer tipo de "hino" da Seleção ou alcunha para baptizar a equipa que participa nas diferentes fases finais, até para se manter distante de polémicas. Porque não custa nada, à boa maneira portuguesa, entrar em polémicas. Deixo dois exemplos distintos. Na edição de hoje do Record, o antigo selecionador, António Oliveira, alerta para "o pior inimigo, que é aquele que está na nossa trincheira". E aponta, sem citar, o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, e outros dirigentes de serem os culpados de eventuais maus resultados da Seleção no Mundial. Curioso, vindo de quem vem, de quem teve todas as condições à frente daquele que foi o mais forte e temido grupo de jogadores portugueses alguma vez reunidos numa Seleção e destroçou por completo as aspirações legítimas desses mesmos jogadores (para não falar dos dirigentes da FPF e dos amantes da Seleção) no Mundial de 2002.
Estive, hoje mesmo, a fazer uma entrevista com Hristo Stoichkov, antigo jogador do Barcelona - onde teve vários desentendimentos com José Mourinho, na altura adjunto de Robson. Pois bem, esse mesmo Sroichkov - que podia muito bem não ter ido por aí - respondeu-me de uma forma simples quando lhe perguntei se considerava José Mourinho o número 1 do Mundo, como muitos defendem:
"O número 1, neste momento, é o Guardiola porque ganhou 6 títulos numa época. Mas o melhor, de há anos para cá, é o José Mourinho. O seu trabalho e os seus títulos, falam por si".
Resumo: Por cada português mal disposto e acomodado, adepto da maledicência, haverá sempre gente por esse Mundo fora a reconhecer (como os Black Eyed Peas), o que de bom se faz em Portugal.
Compreendo. E estou de acordo consigo, quando reforça a ideia que não é qualquer hino oficial. Mas a Federação optou, e mal (na minha opinião), por colar-se à iniciativa. Carlos Queiroz fez um vídeo, nas instalações da FPF, a agradecer o apoio da banda (qual apoio? continuo eu a perguntar). E o concerto não é só iniciativa do BES, creio eu. E a Federação, para dar o exemplo, devia ter tido o «feeling» de escolher uma música portuguesa, sem prejuízo para os Black Eyed Peas.
ResponderEliminarAnónimo, mais uma vez informo que a FPF não escolheu nenhuma música. Utilizámos essa música, como tantas outras para acções de motivação interna, portuguesas e não portuguesas. Só lhes agradecemos o apoio público que nos deram. A acção de marketing do BES, nosso patrocinador, é igual a tantas outras de outros patrocinadores, como, Sagres, Modelo, etc. Todas têm o apoio da FPF. Cumprimentos.
ResponderEliminarO que eu acho incrível é que se pense, como aqui, que os Black Eyed Peas reconhecem o que de bom se faz em Portugal. Por amor de Deus! O que eles querem sei eu!
ResponderEliminarEscusado será dizer que isto não é nenhuma crítica ao Sr. Carlos Godinho, cujos méritos são reconhecidos dentro da possível consensualidade.
ResponderEliminarAnónimo, pode criticar à vontade, porque este espaço é para isso também. Se pensassemos todos da mesma maneira isto era uma vida um pouco monótona. Se não aceitasse a crítica não publicava os comentários.
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