Triste que se ouçam meia-dúzia de pessoas descontentes e não se dê relevo à festa que representou a presença de mais de 4.000 pessoas a assistirem a um treino ligeiro da Selecção Nacional, seguida de uma sessão de autógrafos para crianças, com os jogadores e equipa técnica. Triste que não se compreenda que na véspera de um jogo, não pode haver treinos com cargas intensas, ainda por cima com temperaturas muito altas. Triste, porque apesar de não estar previsto inicialmente abrir-se este treino, compreendeu-se a necessidade local, por ser um domingo, de o abrir e possibilitar que alguns milhares de pessoas pudessem ver os jogadores. Triste, finalmente, porque sabendo-se disso tudo, se faça desse assunto, "o assunto".
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Percebo a indignação do Sr. Carlos Godinho. A sério. A preparação da Selecção Nacional não deve ser condicionada pela vontade do povo. Mas também percebo a indignação daqueles que fizeram vários quilómetros para ver o treino.
ResponderEliminarEmbora nunca seja possível agradar a todos, penso que a FPF pode lidar melhor com a questão. Se fechar a porta ao treino, vai ouvir críticas na mesma. Por isso penso que o ideal será abrir as portas, mas anunciar (ao Mundo, para que não restem dúvidas) que o treino será ligeiro, que não terá «peladinha», etc. Assim ficam as pessoas avisadas, e quem lá for não pode ficar desiludido.
Cumprimentos
Concordo inteiramente. Ultimamente as pessoas andam muito nervosas e não dão qualquer valor ao trabalho dos outros.
ResponderEliminarO que importa é que os jogadores e todo o staff ficassem satisfeitos com a presença e apoio dos adeptos.É triste também o papel da comunicação social que dá um grande efâse a este "assunto". Fique bem e VIVA PORTUGAL!
Caro Anónimo
ResponderEliminarCompreendo a sua posição, mas informo-o que este treino não estava previsto na nossa programação. Se tivermos que informar toda a gente sobre o que vamos fazer nos treinos passamos a ter uma atitude de quase obrigação perante os adeptos. Tenho quase a certeza que aqueles, poucos, que assobiaram não irão hoje ao jogo. Não esqueça que os bilhetes são oferecidos, não existe nenhuma obrigação da nossa parte, são praticamente acções de charme que deveria ser para as pessoas da Covilhã. Viu o que fez o Dunga? Treinos sem público e comunicação social. É no que dá.
Cumprimentos Sr. Godinho.
ResponderEliminarContinuo a defender, em primeira instância, que os treinos da Selecção não devem ser condicionados pelo público.Isso parece-me claro.
Também não sei ao certo qual a solução de compromisso mais indicada, e percebo que não se possa indicar sempre o planeamento, mas neste caso concreto, e dado que até era fim-de-semana, podia ter sido divulgada a informação que era um treino ligeiro, para demover as pessoas.
O Dunga fechou as portas do treino e o público gritou pela Argentina :) Também não serve de exemplo, já que o efeito foi o mesmo.
As pessoas devem procurar uma solução intermédia. Penso que a Selecção também gosta de se sentir apoiada. Caso contrário tinha marcado o estágio para a Suíça. Lá não tinha público a assobiar, mas também não tinha o povo a puxar pela equipa.
Berlengas!
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