Disse o meu amigo, Dr. Fernando Seara, no jornal "A Bola" de 16 de Maio: "O Benfica, queiram ou não, continua a ser um factor agregador da identidade nacional".
O Dr. Fernando Seara, benfiquista dos sete costados, empolgado pelas conquistas desta época, fez esta afirmação, na sequência de outras infelizes expressões populares como: "Quem não é benfiquista não é bom chefe de família". Lamento que não tendo muitos benfiquistas na minha família, me sinta constrangido, pelo facto de não sentir a identidade nacional na minha própria casa e na dos meus familiares. Pensava que este tipo de expressões e ideias já estavam fora de contexto e faziam parte de um passado em que se usavam as vitórias do futebol como factores agregadores de pessoas que deixavam de pensar na sua própria vida. Só espero que um dia destes, o Dr. Seara, não venha a propor que se retire o verde da bandeira e mudar "A Portuguesa", pelo hino cantado pelo Luís Piçarra. A bem da agregação da identidade nacional...
o seu sporting é muito mais agregador...
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminarO "meu" Sporting e o meu "Porto" são tão agregadores como o "meu" Benfica. Sofrem todos do mesmo mal, o da desagregação da identidade nacional, como se tem visto, domingo após domingo, após os jogos, nas ruas, nas televisões, na violência. Se ainda existe alguma agregação é com a selecção nacional, e repare que escrevi ainda, porque até aí já não existe unanimidade.
Xiii Sr. Godinho. Que exagero. Confesso que não ouvi o Sr. Seara proferir tal frase, daí que não saiba qual era o contexto, mas tenho dúvidas que tenha sido esse que atribui. O Benfica continua a ser um grande símbolo de Portugal, lá fora. Benfica, fado, Amália, Eusébio. Sabemos que é assim, agora com Cristiano Ronaldo e Mourinho. Não quer isto dizer que o Benfica represente todos os portugueses, nem substitua a selecção nacional.
ResponderEliminarConclua-se então que os apelidados três "grandes" são desagregadores da identidade nacional... contudo, verdade seja dita que nesta situação em que encontro [com uma montanha d'água a separar-me do colo materno] qualquer indício de qualquer equipa portuguesa que eu veja pela rua ou em estabelecimento [camisola, cachecol...], sinto-me "agregado", ou por outras palavras fico imensamente feliz de ver tão longe algo que sinto como meu, independentemente de ser azul verde ou vermelho [para meu azar as únicas representações da BRIOSA que vejo por cá é o porta-chaves que trago no bolso e um galhardete na "sala de troféus" da Portuguesa de Desportos curiosamente ao lado do do Real Madrid].
ResponderEliminarAnónimo
ResponderEliminarA frase veio publicada no jornal "A Bola" tal e qual a escrevi. Eu sei que tocar neste momento no Benfica, parece um sacrilégio. Se tivessemos todos as mesmas ideias e pensamentos tudo isto seria muito cinzento, ou neste caso encarnado. Acredito na agregação nacional dos nossos símbolos, não da dos clubes. Agregam quem gosta deles. Todos sem excepção. Por isso é que são clubes. Grandes e pequenos. O Benfica é grande, sem dúvida o maior, mas não agrega quem não gosta dele. Parece-me lógico. A excepção são os nossos compatriotas que estão no estrangeiro, como muito bem diz o Neves AJ. Aí tudo é igual, cheira a Portugal. Agora aqui em Portugal, é um tremendo exagero. Seja encarnado, azul, verde ou preto... E já agora, discordar não é ofender.