quinta-feira, junho 17, 2010

Os prós e os contras

Habituei-me a sentir e a gostar da Selecção Nacional era ainda bem miúdo. Na altura, o jornal "A Bola", era uma referência para os jovens que gostavam de futebol. Três vezes por semana o jornal entrava na minha casa comprado por mim. O meu pai lia o "República" e o "Diário de Lisboa", jornais de esquerda. Eu além desses, comprava e lia o desportivo. Muitos desses jornalistas eram também de esquerda, e as suas crónicas, cheias de qualidade, enchiam-me de vontade de um dia poder ver ao vivo esses jogos da "Equipa de Todos Nós". Longe estava sequer de sonhar que hoje estaria aqui e que Eusébio e Simões se sentariam ao meu lado na mesa de refeições. Fui "educado" por esses jornalistas a gostar sempre da nossa selecção. Hoje, aqui deste lado, mete-me muita confusão só de pensar que sobre esta equipa e este projecto, como do anterior e possivelmente do próximo, possam existir contras que só vivem para arrasar quem cá está. Um dia quando sair, ficarei sempre abatido e triste quando a Selecção Nacional perder ou jogar mal, mas em ocasião alguma estarei com os contras, só porque não gosto do Seleccionador, do Director, do Presidente ou dos Médicos, sejam eles quem forem. Que não gostem, que queiram cá estar no nosso lugar, admito, que façam gala pública disso, acho decepcionante.

6 comentários:

  1. Que é que isso de ser de esquerda tem a ver para o caso? É porventura alguma qualidade a que se deva atender? É algum passaporte para legitimar o quer que se faça? O Alfredo Farinha e Aurélio Márcio tinham menos qualidade que os outros?

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  2. Tens razão, é lamentável. A Selecção dá muito dinheiro aos detractores profissionais, vivem (e muito bem) disso. A opinião pública é diferente da publicada, pode haver (e há)descrença e desalento, sempre houve; como se sabe são os jogadores que puxam pelas claques em Portugal. Um resultado mais positivo e tudo muda. Estou convicto que se ganharmos à Coreia passamos. Trabalhem para isso sem distracções, que os baixinhos são mais rotativos que o meu carrinho que tem turbo.

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  3. Meu caro, muita gente há que só está bem com o mal dos outros. São e serão sempre uns infelizes. Um abraço e muita força!

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  4. por isso digo tanta vez que não precisamos gostar uns dos outros, precisamos de nos respeitar. E isso, é o que menos tem acontecido. Jornalistas de computador e de microfone confundem-se com treinadores, médicos, directores desportivos e presidentes. Embora o contexto de coabitabilidade seja semelhante (área desportiva), a área de competência não me parece similar. Entre o decidir e o opinar depois do decidir estar consumado está o nosso mundo inundado pela comunicaçãom social! "deixa ver o que vão fazer para discordar". Deixo a todos votos de enorme concentração, pois os problemas que a nossa organização de jogo e de envolvência nos trazem, a juntar as selecções com as quais vamos jogar, são "assuntoss" bem mais importantes para alcançar o sucesso. "deixem os cães ladrar e passem...", mas concentrados na tarefa, sem ocuparem o vosso tempo com o "diz que disse" e os desmentidos do "diz que disse". Viva Portugal! Força Portugal! Coragem e ambição Portugal!
    JR - CVL.

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  5. Faça como eu: não leia as críticas [por enquanto].
    Cá longe, no meu cantinho com a Bandeira quase a tocar-me na cabeça, tenho um pedido a fazer: que jogassem um pouquito melhor e que vencessem, porque a camisola que envergam [apesar de não ostentar a Bandeira ou as Quinas e sim um emblema de uma associação de clubes] merece-o. Transmita isso a esses gajos.. ah... e que aprendam a ser comedidos nas palavras pós-jogo [só desestabiliza e dá azo aos críticos para espetar umas farpas]... banho gelado e/ou chá de tília faz muito bem [em parte a situação por mim idealizada começa a ter pernas para se concretizar]
    Saudações e façam favor de vencer a Coreia por dois ou mais golos de diferença.
    Saudações
    Neves, AJ

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  6. Anónimo, quando falei de esquerda é porque essa é a corrente em que me integro. Não tentei menosprezar quem pense de maneira diferente, entre os quais os que citou. De Aurélio Márcio já aqui publiquei entradas e por ele tenho bastante consideração. De Alfredo Farinha lembro-me da sua escrita dura mas sinceramente não fazia o meu estilo, não por ter outro pensamento sobre a vida e o mundo, mas pela forma como escrevia. Aliás alguns dos meus maiores amigo(s)s são de direita. De qualquer forma aqui está a rectificação. Não quis ofender quem não pense como eu, mas de facto sou de esquerda e já não mudo.

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