quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Palhaçada

Quando éramos miúdos e jogávamos à bola na rua, de vez em quando um ou outro portava-se mal e a resposta dos grupos era afastá-los, sem tribunais, primeiras, segundas ou décimas instâncias. Funcionou tudo sempre muito bem, até que uma alma caridosa e inteligente se lembrou que se transportássemos para o futebol o mesmo sistema jurídico da sociedade civil, tudo correria melhor. E vieram então para o futebol os advogados, os juízes e o sistema judicial que o outro senhor criou e que ainda ninguém quis ou conseguiu mudar. Em vez de processos rápidos, bastava ir à UEFA para se ver como se faz, leva-se uma eternidade para decidir, e depois dá nisto. Palhaçada , disse Carlos Freitas. Não conheço o processo, mas acredito, até prova em contrário, na isenção dos julgadores. O que não posso deixar de assinalar é o tempo incrível que se leva para decidir porque o sistema existente é verdadeiramente retrógrado. E isso é que é imperioso mudar. Talvez então, se existir um poder forte, como em Nyon ou Zurique, assente em leis curtas e simples, com prazos rápidos para a resolução dos problemas, ninguém tenha a ousadia de falar em palhaçada. E talvez então possamos voltar ao princípio, ou seja, quem se porta mal, sai do jogo, mas logo, sem ter de esperar três meses.

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