Confesso que tenho uma grande admiração por jogadores que não sendo grandes estrelas conseguem ter um papel fundamental na união e congregação das suas equipas. Muitas vezes esses jogadores são mesmo capitães de equipa e tornam-se mesmo no símbolo dos seus clubes e das suas selecções. Em Portugal temos vários exemplos que se tornaram quase lendários. Em tempos não muito recuados na história do nosso futebol lembro-me de Coluna, do SL Benfica, João Pinto, do FC Porto, de Fernando Couto na Selecção Nacional. Recordo-me de palavras bem duras de Couto, no interior do balneário, dirigidas aqueles seus colegas que algumas vezes se refugiavam num trabalho mais discreto durante o jogo. Isto a propósito de uma notícia acerca de um jogador chamado Rufete que se recusou a substituir um jovem, de nome Kiko, de 19 anos, que teve um ataque de ansiedade durante o jogo, tendo ficado praticamente paralisado. Rufete começou a gritar fora das quatro linhas para o jovem colega, incentivando-o a ultrapassar o problema, e tendo-o conseguido. "Era mais importante fazer aquele miúdo recuperar e ganhar confiança para um longo caminho que tem a percorrer do que eu jogar 10 minutos", disse Rufete após o incidente. Pequeno gesto que define a coragem e a atitude de um atleta, e que o dignificou como homem.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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