Não gosto muito de alguns critérios utilizados pela FIFA para a nomeação dos árbitros durante o mundial, e não tendo o estatuto que me permita falar deste assunto como Maradona o fez a propósito do Portugal/Espanha, e que curiosamente, não foi muito levado em conta, não posso deixar de referir e salientar o peso que alguns, poucos, países têm hoje nessa instituição internacional e reguladora do futebol mundial. É claro para mim há muito tempo, e disse-o ao Expresso, em Julho de 2006, após o mundial da Alemanha, que o poder das equipas em competições deste tipo não se mede só pela qualidade dos seus jogadores, das suas equipas técnicas e das estruturas de suporte. Essa entrevista causou-me alguns problemas e hoje tenho a certeza absoluta que as palavras então utilizadas eram justas e correctas. Há bastantes factores que têm peso neste processo e que também são fruto de muito trabalho e organização dirigida a um determinado fim e objectivo. Por exemplo, qual a razão de termos tido um árbitro argentino, portanto sul-americano e de língua castelhana, no nosso jogo com a Espanha? Não poderia e deveria ter sido europeu, usando o princípio da transparência e da limpidez de processos, como o foi na grande maioria dos jogos entre equipas europeias? A Espanha, na globalidade do jogo, talvez nos tenha sido superior, mas também não é menos verdade que o golo foi irregular. Muito mais díficil de analisar foi o golo do Paraguai, também no jogo com a Espanha, que o árbitro não hesitou em anular. E se esse golo tivesse entrado, talvez hoje a história fosse outra. Outro mistério, ou talvez não, era saber quem nomeia os árbitros do mundial? Pergunta interessante que deixo sem resposta. Outra questão: qual a razão lógica para que o árbitro do Espanha/Paraguai, tenha sido Carlos Batres, da Guatemala, quando no jogo anterior, Portugal/Espanha, já tinha sido o 4º árbitro? Ou que Carlos Pastrana, das Honduras, que foi 5º oficial no Portugal/Espanha, tenha sido 2º assistente no Espanha/Paraguai? Havia assim tanta falta de árbitros que levassem a estas situações? Guatemala, Honduras, grandes potências da modalidade como todos sabemos, produzirão assim árbitros de tanta qualidade? Reflexões baseadas em factos concretos, não inventados.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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