Termino este conjunto de reflexões sobre o Mundial 2010. Já falei do que gostei e agora abordo o que achei menos bom. Sobre as equipas e jogadores não me pronunciarei dado que os jornalistas e comentadores já disseram tudo o que havia para dizer, e é esse o seu papel, e diga-se em abono da verdade, que na generalidade as opiniões foram bastante uniformizadas. No entanto numa opinião por dentro do mundial, e dos seus aspectos organizativos, houve duas áreas que me pareceram estar bastante mal. Hoje falo somente de uma delas. Em breve falarei da segunda.
1. Match - a empresa, hoje com este nome, que há bastante tempo controla as áreas de bilhética, alojamento e viagens de todos os mundiais. O negócio está aí. Imagine-se os milhares de quartos reservados, as também milhares de viagens organizadas e os milhões de bilhetes para venda, desde a simples entrada para adepto, até à hospitalidade, e calcule-se os valores em cima da mesa. Mas isso, enfim, alguém teria de fazer, e alguém teria de ganhar, o que me espantou verdadeiramente foi a enorme falta de qualidade dos serviços prestados às equipas, particularmente nos "team base camp". Foi a primeira vez, em três mundiais e quatro europeus, que assisti às cenas que envolveram mais de uma dezena de equipas, entre as quais Portugal, com as mais recambolescas decisões que prejudicaram seriamente algumas dessas equipas, em favor de outras. A "estória" com Portugal fica para ser contada mais tarde e é verdadeiramente surrealista. Um universo de pequenas mentiras, ameaças, descontrolos e decisões sem o mínimo de senso. Se tivesse que atribuir uma medalha de latão, estava entregue desde já à Match e aos seus responsáveis, embora a larga maioria dos seus funcionários tudo tenham feito para tentar evitar maiores dissabores à empresa e por consequência ao mundial. Esperemos que no Brasil funcionem com outra qualidade e que todas as equipas sejam tratadas em pé de igualdade.
Realmente há coisas do "arco da velha".
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