sexta-feira, abril 16, 2010

Regime Jurídico

Está quente a questão da aprovação pelo futebol do Regime Jurídico das Federações Desportivas. Carlos Coutada, Presidente da AF Braga, em declarações de anteontem disse: "As Associações irão recorrer a todos os meios legais para impedir a sua aprovação", e sugere que sejam desenvolvidas negociações com o Governo e grupos parlamentares para que a lei seja revista considerando que a mesma tem normas que ferem a Constituição da República. Este é um assunto preocupante para o normal decorrer das actividades do futebol, particularmente do fomento e desenvolvimento. Não querendo ser partidário deste ou daquele sector, não me parece contudo justo que as associações sejam consideradas como os "patinhos feios" do futebol português e sobre elas recaia todo o odioso desta situação e o alvo a abater. As associações de futebol, com todos os defeitos que lhes possam atribuir, são as responsáveis pela organização semanal de mais de 1.000 jogos de futebol por todo o país, e esse facto não tem merecido a devida atenção, realce e valor. Por último, a própria lei em si, nalguns pontos correcta e progressista, é, quando se refere, por exemplo, às assembleias gerais, confusa e complicada, e parece-me ter sido feita por alguém com poucos vínculos à história e à realidade do desporto português. Se queriam mudar sem que houvesse tanta reacção, não deveriam ter avançado sem que houvesse um consenso muito alargado sobre a matéria. Mas não, como em quase tudo nas nossas vidas, preferimos complicar e atrapalhar. Dada a sensibilidade da matéria, não sei sinceramente como isto vai acabar. Haja esperança.

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