segunda-feira, abril 05, 2010

Brincar com o fogo

Imagem que se encontra em Robben Island com os antigos prisioneiros a chegarem à ilha


O assassínio de Terre'Blanche, líder da extrema-direita sul-africana, trouxe para a ribalta, de novo, o problema do apartheid e da violência política. Os brancos extremistas, não tendo qualquer tipo de moral para apelidar os outros de assassinos, dado que foram os principais instigadores do ódio racista e responsáveis por muitos assassinatos, vêm agora afirmar e aconselhar as equipas a não viajarem para a Àfrica do Sul, para disputarem o Mundial 2010. É evidente que este crime, porque é disso que se trata, terá de ser combatido pelo governo, e as franjas mais radicais do ANC, especialmente o seu líder da juventude, têm de ser proibidas de intervir da forma como o vêm fazendo últimamente, dando objectivamente oportunidade a que estes cadáveres políticos tivessem ressurgido. Conheci muitos brancos sul-africanos que estão plenamente integrados no novo regime sul-africano e concerteza não desejarão associação aos boers radicais que mais não pretendem do que criar possibilidades para o nascimento de um estado independente. Se com Mandela vivo se assiste a esta guerra de palavras, quando o líder africano desaparecer, corre-se o risco real da África do Sul se tornar de facto num enorme Zimbabué, com as consequências que se imaginarão para toda a África. De qualquer forma as palavras dos boers são um aviso sério para a organização do mundial.

Sem comentários:

Enviar um comentário