quarta-feira, abril 29, 2009

Futebol Feminino

Foto: www.fpf.pt


Terminou ontem o Torneio da UEFA, de Sub/19, de qualificação para a fase final do Euro. Portugal venceu o último jogo contra o País de Gales, mas mais uma vez não conseguiu a tão desejada entrada numa fase final. Estas participações têm porém o mérito de reflectir a fragilidade do nosso futebol feminino e é bem importante que tenhamos isso em conta. Não possuímos qualquer competição nos escalões de formação e socorremo-nos com frequência do futsal feminino para constituir a selecção. Apesar do esforço e dedicação das pessoas que lideram o futebol feminino em regime de maior proximidade, os técnicos Profs. Mónica Jorge, Carlos Sacadura e Susana Cova bem como de Arnaldo Cunha e de alguns técnicos distritais, estou convicto que a metodologia de desenvolvimento não pode assentar nos mesmos princípios utilizados pelo futebol masculino há décadas atrás. Além de todos os problemas inerentes ao pequeno número de clubes e atletas, acresce o facto, importante, da falta de compreensão, entendimento e vontade dos órgãos do futebol em apoiarem decididamente esta modalidade. Sem isso, muito dificilmente avançaremos. Sem um projecto integrado assente num novo modelo de desenvolvimento, com a participação da FPF, Associações, Clubes, Autarquias e Escolas, muito dificilmente abandonaremos esta posição periclitante em que nos encontramos. Acho que valeria a pena o esforço. Talvez o primeiro passo, além de algumas medidas urgentes de apoio aos clubes, fosse marcar uma reunião aberta a quem se interesse pelo assunto, para se discutir profundamente os problemas e analisar a realidade actual. Ouvir quem vive o dia-a-dia no terreno talvez fosse um bom ponto de partida. Melhor que ninguém, essas pessoas saberão apontar caminhos. De outra forma, se não houver grande unidade e aproveitamento dos poucos recursos existentes, o insucesso não nos abandonará.

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