Desde que se tornou conhecido na Europa do futebol que me habituei a admirar Sven-Goran Eriksson. Com um percurso sempre ao mais alto nível, com vitórias, sem enormes vitórias é verdade, mas com uma atitude muito positiva e de grande fair-play, tem cultivado uma imagem de homem calmo, tranquilo, conhecedor, como poucos no mundo desta modalidade. Conheci-o pessoalmente num dos vários sorteios uefeiros e da fifa onde estivemos presentes e onde fui apresentado por um dos muitos amigos que tem por estas bandas, quer ao nível de treinadores, quer da comunicação social. Sempre que se falava do nosso país via-se-lhe um brilhozinho nos olhos, próprio de quem gosta do que se fala. Ironicamente, foi Portugal que lhe deu duas machadadas tremendas no seu currículo, em 2004 e 2006. Quem não se lembra das suas imagens no Estádio da Luz, quando Helder Postiga e Rui Costa marcaram os golos no Portugal/Inglaterra, do Euro 2004? Em 2006, em Genselkirchen, a história, que normalmente não é muita propícia a repetições, encontrou-se de novo com os mesmos intérpretes e com o mesmo resultado. Reconfortei Eriksson em pleno centro do relvado da Arena, sabendo que a minha alegria de então poderia passar a tristeza num dos próximos dias. E como veio depressa!
Para quem vive e anda no futebol, o respeito pelos adversários deveria balizar todos os seus actos. Infelizmente não é isso que acontece todos os dias, especialmente no nosso País. Por isso, neste momento profissional menos bom de Sven, tiro daqui uma grande chapelada ao Homem.
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