terça-feira, abril 28, 2009

Barreirense e outros tantos


Hoje vou escrever sobre o Barreirense, o meu clube. clube de família, de prática desportiva, dos amigos, do futebol e do basquetebol, de uma cidade de gente trabalhadora e lutadora, que está neste momento em sério risco de descer aos distritais de futebol e seguindo o caminho de tantos outros - CUF (actual Fabril), Montijo, Seixal, Atlético, Oriental, etc., etc. - acabar por desaparecer definitivamente dos grandes palcos, aliás como me parece que irá acontecer em breve a alguns outros emblemas de nomeada. Como é possível? Perante o que se passa no nosso País, na área do associativismo, ajudamos, pela nossa passividade, a destruir um património desportivo e cultural de tal maneira rico que não tem preço. Será mesmo obrigatório que isto aconteça ou será também culpa da "crise". Acho que não. Parece-me mais fruto da crise de valores que é hoje base da nossa realidade. Mais que o associativismo damos valor ao isolacionismo. Antes do nós, eu.

O Barreirense, no futebol, é um dos clubes a nível nacional com mais presenças no Campeonato da I Divisão, possuindo vários títulos nacionais secundários e tendo até participado nas competições europeias. Ao longo da sua história cedeu imensos jogadores às selecções nacionais e possui uma tradição que em breve não passará de uma memória distante, da qual só os sócios mais velhos recordarão e que não terá correspondência com a actualidade. Será que as pessoas do Barreiro não encontram solução para evitar esta lenta agonia. O clube que foi de Raul Jorge, José Augusto, Adolfo, Bento, Chalana, Neno, Frederico, Carlos Manuel, entre tantos outros internacionais, está em queda livre. Não haverá na cidade quem o consiga evitar? Onde estão os herdeiros de Francisco Nunes Vasconcelos, José Júlio Macedo, António Maria da Costa, António Balseiro Fragata, Ezequiel Patrício, Albino Macedo e de outros barreirenses de grande valor? Daqui, da margem norte do rio, lanço um apelo: Unam-se e organizem-se como o fizeram tantas vezes no passado. A política não deve, nem pode, dividir os barreirenses.

3 comentários:

  1. o frederico e o carlos manuel só jogaram uma epoca no barreirense como é que podem ser considerados grandes barreirenses ,e a cuf agora fabril tambem já esteve nos distritais por isso náo estou a ver agora essa choradeira do barreirense ir para a distrital

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  2. Como outros têm outros clubes eu sou do Barreirense. Aliás referi o Fabril como um dos clubes em declínio o que também me causa pena. Ah! E sou sócio do Luso. Por isso estou à vontade para falar. Sou amigo dos dois jogadores que falou e também era do Araújo com quem já não falo há muitos anos. Começaram na CUF mas tiveram protagonismo no Barreirense. Sou a favor do Barreirense mas não contra os outros o que me parece nõ ser o seu caso.
    Cumprimentos.

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  3. E já agora, nesta sequência, queria dizer a "changaio" que na minha perspectiva um das melhores soluções para o futebol desta zona seria a união dos três clubes, ficariam com muitos sócios, instalações e margem para crescer. Mas isso parece-me difícil dada a mentalidade "passadista" de que enfermam muitos. Compreendo, tendo em atenção esse passado, mas não aceito e tenho opinião contrária. Um dia destes vão encontrar-se os três nos distritais. Dois já lá estão. Talvez seja bom para mudarem ou então deixarem-se estar e esquecerem o futuro agarrados a esse passado.

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