Tinha acabado de chegar à Selecção Nacional, para um jogo com a Áustria, no Estádio das Antas, como preparação para o oficial com a Finlândia, a contar para o Europeu 92. Na véspera, acompanhei Carlos Queiroz para assistir ao jogo dos sub/21, que teve lugar no Bessa, contra o mesmo adversário. Era um mundo novo que estava ali à frente, sobretudo para quem tinha estado sete anos com as selecções jovens. Pensava eu que tudo estava bem organizado, já a um nível superior. Durante o jogo, um jogador português, penso que Abel Silva, lesionou-se, e quando foi preciso retirá-lo do campo verificou-se que não havia macas para transportar o atleta. Os massagistas não hesitaram e tiraram o desolado do Abel deitado em cima de um banco de madeira, daqueles que era frequente ver nos campos de futebol e onde habitualmente se sentavam os bombeiros. Se fosse hoje, com o poder dos media, seria assunto patético para discutir durante semanas. Esta foi a minha primeira experiência surrealista no futebol profissional. Que situação mais constrangedora.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Em 1992,uma situação dessas já não se admitia.
ResponderEliminarEu próprio, começei a jogar em seníores em 1991/1992 ,e no regional,já tinhamos macas junto ao relvado para situações de emergência.Aí houve falha do responsável do estádio.Só pode.