quinta-feira, agosto 26, 2010

Histórias da Bola - 5 -

Tinha acabado de chegar à Selecção Nacional, para um jogo com a Áustria, no Estádio das Antas, como preparação para o oficial com a Finlândia, a contar para o Europeu 92. Na véspera, acompanhei Carlos Queiroz para assistir ao jogo dos sub/21, que teve lugar no Bessa, contra o mesmo adversário. Era um mundo novo que estava ali à frente, sobretudo para quem tinha estado sete anos com as selecções jovens. Pensava eu que tudo estava bem organizado, já a um nível superior. Durante o jogo, um jogador português, penso que Abel Silva, lesionou-se, e quando foi preciso retirá-lo do campo verificou-se que não havia macas para transportar o atleta. Os massagistas não hesitaram e tiraram o desolado do Abel deitado em cima de um banco de madeira, daqueles que era frequente ver nos campos de futebol e onde habitualmente se sentavam os bombeiros. Se fosse hoje, com o poder dos media, seria assunto patético para discutir durante semanas. Esta foi a minha primeira experiência surrealista no futebol profissional. Que situação mais constrangedora.

1 comentário:

  1. Em 1992,uma situação dessas já não se admitia.
    Eu próprio, começei a jogar em seníores em 1991/1992 ,e no regional,já tinhamos macas junto ao relvado para situações de emergência.Aí houve falha do responsável do estádio.Só pode.

    ResponderEliminar