Felizmente já não somos conhecidos como o País dos três Fs - Fado, Fátima, Futebol, mas às vezes parece que resvalamos para esses tempos. Todos os que me conhecem sabem que sou profissional do futebol, vivo do e para o futebol. O futebol é a minha vida, mas, sinceramente, acho que é demasiado. Refiro-me às coberturas televisivas do futebol. Ao almoço, em todos os telejornais, e segundo conto, são seis, começam as notícias sobre tudo o que envolve o futebol, e, particularmente, sobre os treinos dos três grandes. Notícias importantes como todos sabemos. Ao jantar, nas notícias da noite, de novo a mesma dose. Nas notícias intercalares das TVs de notícias, mais do mesmo. Após os jogos, os golos servidos em doses industriais, porque ao pacote deve ser mais barato. E então se houver polémicas como as que aconteceram com as entrevistas da semana que findou, arrastam-se as palavras, os comentários e até se comparam audiências e shares num autêntico campeonato da idiotice. Ao que chega a falta de imaginação. Como referi, adoro futebol, mas o que vemos nas notícias são doses maciças de imagens referentes a este desporto, sem que haja, pelo menos, cobertura mínima dos outros desportos ou de outras áreas do espectáculo e da cultura. Pondo-me no lugar das pessoas que não gostam de futebol ou de desporto, deve ser uma enorme frustação em ver e ouvir, constantemente, o mesmo em todos os canais. Acho até que devem ficar com uma enorme vontade de nos bater, aos do futebol, claro. E porventura com razão.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Nem me quero imaginar a deixar de gostar de Futebol.Vai ser triste,espero que tal nunca venha a acontecer.
ResponderEliminarNem me quero imaginar a deixar de gostar de Futebol.Vai ser triste,espero que tal nunca venha a acontecer César
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