Ontem li algo que me fez despertar uma verdade que por vezes nos escapa, ou seja que temos memória curta. Comparar Ozil a Zidane parece-me completamente desproporcionado, mesmo tendo em conta a juventude do alemão e até a sua qualidade. Mas Zidane viverá para sempre noutra galáxia, no grupo daqueles que estão acima dos médios e bons jogadores, no pequeno grupo dos fora-de-série onde não me parece que Ozil alguma vez possa chegar. Zidane foi um dos mais extraordinários jogadores que vi actuar e até ao fim da sua carreira, onde ele estivesse, era sempre o maestro, o chefe, o homem que dirigia o jogo da sua equipa, fosse nos clubes por onde passou, fosse na selecção francesa onde se sagrou campeão do mundo e da europa. É a minha opinião, claro, mas estou certo que o tempo me dará razão.
Aliás o próprio jogador a isso se refere: «Fico contente pelas coisas me estarem a sair bem, mas ainda não consegui nada. Vim para evoluir, e o Zidane era um jogador de êxito mundial, que eu ainda não sou. Ele tinha classe mundial, e eu ainda estou a crescer, tenho muito para mostrar».
Uma atitude séria, humilde, que lhe fica bem e é um bom princípio, mas para chegar a Zidane, falta-lhe aquele pé mágico, tipo gancheta, que levava a bola por caminhos certeiros que só os predestinados conhecem.
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