Portugal concluiu o mundialito de 2011 no 9º lugar com duas vitórias, com o Paíse Gales e a Finlândia e dois empates, com o Chile e a Roménia. Uma boa participação cuja classificação final não reflecte a qualidade e a evolução da equipa. Mas este evoluir, um dia dará resultados, pelo que se terá de confiar sobretudo em quem dirige, a equipa técnica, e deixarmo-nos de algum folclore sobre o futebol feminino por parte de quem não tem a noção da realidade que se vive. O mundialito, por muito que nos custe, não reflecte a nossa realidade, e tem funcionado muito, ou quase sempre, como uma "barriga de aluguer", que me seja perdoada a expressão, que se pode aproveitar para competir a um bom nível e contactar outra realidade mais evoluída, mas que, infelizmente, não passará disso nos anos mais próximos. O futuro do desenvolvimento, na minha opinião, não passa por aqui, e pensar que esta prova, por si só, nos vai fazer chegar ao nível das melhores pode ser ilusório. Contudo, ao fim de dezassete anos, convém salientar que finalmente alguém vem falar positivamente do espírito com que alguns iniciaram este projecto, mesmo que o tenham feito de uma forma algo confusa. Porque sejamos claros e verdadeiros, esta proposta, boa ou má, na sua maioria, não foi dos países nórdicos, foi da FPF. Dezassete anos!
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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