Michel Zen-Ruffinen ex-Secretário-Geral da FIFA parece ter sido apanhado com a boca na botija, ou pior ainda, estando a intermediar autênticos membros de uma associação de malfeitores. Incrível que tendo sido Secretário-Geral, conhecendo os corruptos, não só em devido tempo não os tenha denunciado, como ainda se tenha aproveitado de situações que pelos vistos conhecia em pormenor. Será que esta instituição formada por gente desta qualidade, e com estes princípios, não deveria levar uma varredela de alto a baixo? Ou será que todos querem que isto se mantenha, de forma, a seu tempo, poder também comer o seu pedacinho?
Sobre as escolhas dos países-sedes dos mundiais e europeus, seria preferível que este tipo de decisões fossem tomadas unicamente pelos seus comités executivos, sem votações, com base num alargado consenso que privilegiasse diversos parâmetros e critérios, como por exemplo, o desenvolvimento do futebol num determinado país ou região, a descentralização, a separação temporal com outras grandes competições no mesmo local, a qualidade e quantidade dos meios ao dispor das equipas - hotéis, campos de treinos, estádios, transportes - assumindo-se finalmente essa decisão, publicamente, de uma forma transparente. Dando exemplos concretos, faz algum sentido que o Brasil organize o Mundial em 2014 e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016 e a Inglaterra, em Londres, organize os Jogos Olímpicos em 2012 e venha eventualmente a realizar o Mundial em 2018? É que assim, como está, já ninguém acredita nesta autêntica farsa onde tudo parece jogar-se por debaixo da mesa e onde o que menos conta são os interesses do desporto.
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